Atleticanas
Quase lá
Encostado no Atlético, Antônio Carlos está com um pé no xará goianiense. O Furacão espera apenas um acerto para ter a prioridade na contratação de jogadores do clube goiano em 2010. Alberto, Netinho e Rafael Moura seguem treinando em separado e com o destino indefinido.
Substitutos
Sem Paulo Baier e Valencia suspensos, Antônio Lopes começa a definir hoje quem joga contra o Náutico, sábado, no Recife. Várias experiências serão feitas, mas na entrevista de ontem, o técnico citou a possibilidade de para a vaga de Baier recuar Marcinho para o meio (Alex Mineiro entraria no ataque) ou de colocar Jhonatan no setor de criação. Já para o lugar de Valencia, Fransérgio deve ser o volante com Nei retornando na defesa. Mas Renan, que se apresenta da seleção sub-20 direto no Recife, também tem possibilidade.
Um ano e dois meses de raríssimas aparições para a torcida, nove gols entre profissional e sub-20, algumas histórias no CT do Caju e US$ 1,3 milhão a mais na conta bancária do Atlético. Em resumo, assim foi a passagem do atacante Abdulla Al Kamali, de 19 anos, pela Baixada. O estágio brasileiro do jogador dos Emirados Árabes Unidos terminou dia 17 deste mês, com o retorno do emirático ao seu país.
Trazido com a promessa de abrir as portas do mercado árabe para o Furacão, Kamali deu bom retorno comercial ao clube. A consequência mais rentável foi a transferência do atacante Rogerinho para o Kwait SC, por US$ 1,3 milhão. O jogador foi observado durante uma excursão do time B atleticano ao Oriente Médio, no ano passado. O convite feito justamente pela presença do emirático incluía o pagamento de despesas com transporte e hospedagem pela Dubai TV.
Por intermédio do pai do atacante, a seleção dos Emirados Árabes acertou um período de treinamento no CT do Caju. Também chegou a ser aberta negociação de naming rights da Baixada com a companhia aérea Fly Emirates.
"A Emirates só não deu certo por eles não voarem para Curitiba", conta Paulo Rink, diretor de relações internacionais do Furacão. "Foi algo muito bom para os dois lados. O jogador evoluiu muito e o clube abriu um contato inédito com o Oriente Médio", acrescentou o dirigente.
Se o benefício comercial do Atlético foi evidente, o ganho esportivo acabou sendo modesto. Com salário de R$ 1,6 mil, Kamali jogou por apenas três minutos na equipe principal, na vitória por 3 a 0 sobre o Londrina, no Paranaense, e conseguiu receber um cartão amarelo no período.
Pela equipe B, fez um gol no amistoso contra o Dallas e outro aos 47 do segundo tempo de um triunfo sobre o Iraty, na Copa Paraná de 2008. Pelo juniores, atuou nas excursões para Holanda e Alemanha e marcou sete gols. Apesar do pouco sucesso, está marcado por ser o primeiro árabe a atuar no Brasil.
Foi convidado para permanecer até o fim do ano, mas preferiu ir embora. Já tinha aprendido o suficiente para poder seguir a carreira de jogador profissional em seu país onde já assinou com o Al Nasser.
Por outro lado, ficaram as histórias do jogador que era chamado pelos companheiros de homem-bomba. No início, Kamali interrompia os treinos para orar voltado para Meca, como reza a tradição muçulmana. Aos poucos, adaptou-se um pouco à cultura ocidental e chegou a frequentar a noite curitibana.
"Ele é uma figuraça. Muito gente boa mesmo e ficou de me mandar um relógio da terra dele", conta o meia Wesley.
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