Repercussão
"Começou a melhorar o passe e nós melhoramos. Erramos menos no segundo tempo e as jogadas só começaram a se construir assim e as situações de gol apareceram. Trabalhamos melhor pelos flancos, principalmente no lado direito. O Jancarlos foi muito bem no segundo tempo. O Dinei encostou bem ali e se movimentou mais aberto. Criamos bem. Na esquerda o time continuou bem com o Ferreira caindo por ali".
Antônio Lopes analisa jogo com propriedade______________________________
"Tenho a cabeça no lugar e muita fé em Deus. Fui bem, dei um passe e fiz um gol. Com uma boa atuação já é bom, com um gol a confiança melhora e os companheiros também confiam mais em mim. Todo o grupo está mais confiante", conclui Evandro.
Evandro marca gol e resgata confiança______________________________
"Tô feliz. Foi meio complicado a minha vinda, mas quero deixar bem claro que vim para cá por que eu quis. Sempre admirei o clube e sei da grandeza do time, da estrutura e dessa torcida. To feliz também por ter visto o time jogando bem, com a torcida ajudando. Tenho tudo para fazer um bom Brasileirão".
O Atlético "chutou a zica" para longe e conseguiu uma importante vitória contra o Juventude na noite desta quarta-feira na Kyocera Arena. Ao bater o time gaúcho por 4 a 0 em seu estádio, o Furacão faz as pazes com a vitória, que não acontecia em seu estádio desde o dia 19 de maio, e se afasta um pouco mais da temida zona de rebaixamento.
Apesar de ficar evidente a total dependência do time em apenas dois jogadores, as voltas de Alex Mineiro e Ferreira podem significar para o torcedor uma luz no fim do túnel. Depois de apresentações sofríveis, o Atlético voltou a jogar bem e goleou o Juventude. É bom deixar claro que como adversário, a equipe de Caixas do Sul não foi um desafio muito difícil.
Sob o comando de Antônio Lopes e com as presenças de Alex e Ferreira o Atlético tem outra cara. Jogadores hostilizados como Jancarlos e Evandro tiveram participação determinante no jogo e contribuíram diretamente para a vitória. As perspectivas para o Furacão são boas, mas o setor de marcação ainda carece de um jogador mais efetivo.
O jogo
Para quem esperava um início de jogo morno, as duas equipes trataram de surpreender. Logo no primeiro minutos o zagueiro Alex, do Atlético, falhou feio, Daniel roubou a bola e já dentro da área chutou muito mal, desperdiçando grande chance para os visitantes. Na jogada posterior o Furacão partiu em contra-ataque com Alex Mineiro, que carregou e bateu forte, mas para fora.
1 a 0
O artilheiro do Furacão, que voltava ao time após cumprir dois jogos de suspensão, estava inspirado. Dentro da área Alex deu uma meia lua no marcador e chutou, mas foi interceptado por um zagueiro que mandou a bola para escanteio. Aos 6 minutos Ferreira tabelou com Dinei, recebeu na área e foi derrubado pelo zagueiro Wescley. Pênalti indiscutível. Alex Mineiro correu, fez a "paradinha" e marcou, mas o árbitro Rodrigo Martins Cintra mandou voltar alegando invasão de área. Na segunda cobrança Alex bateu e marcou novamente. O bandeirinha ameaçou marcar alguma coisa, o árbitro foi até ele e depois de uma rápida conversa confirmou o gol.
A tendência era que o Atlético fosse para cima e buscasse uma maior vantagem no placar, mas o Juventude conseguiu se reorganizar no campo e aproveitou as falhas de marcação dos anfitriões. Jogando com três atacantes, além do meia Ferreira, o Atlético sentiu a falta de um poder de marcação mais efetivo, afinal o volante Roberto não fazia uma boa partida.
Algumas chances foram criadas pelo Juventude, como aos 12 minutos quando Renato tentou o arremate e a bola bateu na zaga. No rebote o próprio Renato chutou, mas a bola desviou e foi para escanteio. Na cobrança, Wescley apareceu bem e cabeceou com perigo.
Apesar de equilibrar as ações, o Juventude não oferecia muito perigo, afinal era a primeira vez que a dupla de ataque atuava junta. O Atlético, sofrendo com uma pequena falta de entrosamento afinal vários jogadores retornaram ao time neste jogo também não conseguia trabalhar bem as bolas.
Ao final da primeira etapa o zagueiro Danilo tentou explicar o desempenho do time. "A gente está perdendo muito a bola no meio de campo. Estamos perdendo a segunda bola e como a gente está jogando com três atacantes, vamos conversar descobrir como marcar melhor".
Segundo tempo "BEM" melhor
Os times voltaram sem modificações para os 45 minutos finais. O segunda etapa começou bem semelhante à primeira. Após uma tentativa de ataque do Juventude, quando Daniel invadiu a área, mas foi desarmado por Gustavo, Marcelo recebeu após o contra-ataque e chutou rasteiro para boa defesa de Michel Alves.
2 a 0
Aos 5 minutos o Furacão ampliou a vantagem no placar. Jancarlos recebeu pela direita e chutou com muito perigo para grande defesa de Michel Alves. No rebote Alex Mineiro e Ferreira tentaram a conclusão, mas a bola sobrou novamente para Jancarlos, que dessa vez não desperdiçou. O tiro foi certeiro e forte no canto direito do goleiro gaúcho.
Aos 10 minutos as coisas pioraram para os visitantes e a maré de sorte finalmente virou para o Atlético. Com a expulsão do jogador Ivo, que recebeu o segundo cartão amarelo após colocar a mão na bola, o Atlético cresceu e melhorou ainda mais com as substituições que se seguiram. Com Erandir e Evandro no time, a marcação do Furacão foi reorganizada e a parte criativa ganhou um up grade.
3 a 0 e 4 a 0
A torcida do Furacão teve certeza de que a noite seria festiva aos 22 minutos do segundo tempo. O meia Ferreira, que fez muita falta ao time nos últimos meses já que ele servia à Seleção da Colômbia fez um levantamento preciso e de qualidade para Evandro, que escorou de cabeça para Dinei estufar as redes do Juventude. Pouco depois, aos 25, o torcedor pôde emendar o grito de gol para a jogada de Evandro, que aproveitou a sobra de um chute de Ferreira e bateu com categoria sem defesa para o goleiro Michel Alves.
A partir dali foi só administrar o resultado, papel muito bem feito pelo Atlético até o apito final do árbitro Rodrigo Martins Cintra.
Confira a ficha técnica do jogo e os lances da vitória do Atlético
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