O Atlético Paranaense tem o pior ataque do Brasil não só da série A, mas também da série B e perde ainda para a maioria dos finalistas da C do Campeonato Brasileiro de 2008. Em 30 jogos disputados no Brasileirão, o time balançou as redes adversárias em apenas 29 oportunidades. A falta de gols, somada à fragilidade da defesa, resulta na 19º posição com 28 pontos ganhos e o time corre sério risco de rebaixamento.
O Ipatinga, lanterna do campeonato com o mesmo número de pontos do Furacão, marcou um a mais e tem 30 gols pró. Os times que mais fizeram gols na série A são o São Paulo (2º) e o Flamengo (4º), ambos com 51 gols marcados. Na série B, o CRB, pior time da 2ª divisão, tem 30 gols marcados, mas apenas 18 pontos conquistados (dez a menos que o Furacão).
Sem levar em conta a dificuldade dos adversários e nível de competitividade dos campeonatos, a comparação com a série C do Brasileirão é ainda mais preocupante. Na "terceirona", sete, das oito equipes que estão na fase final, disputaram 24 partidas até agora e todas tem ataque mais produtivo que o time paranaense. O Campinense-PB, pior deles, marcou 33 vezes.
O Rio Branco-AC, lanterna da última fase com apenas um ponto conquistado em seis partidas, jogou apenas 22 (no grupo 1 da primeira fase eram apenas três times, ao contrário dos outros grupos, todos com quatro times). Nos 22 jogos que disputou em toda a competição, o Rio Branco balançou as redes adversários por 49 vezes.
Ex-ídolos lideram artilharia do Brasileirão
Para o torcedor atleticano os números são assustadores, principalmente para quem já pôde vibrar e torcer por grandes artilheiros vestindo a camisa rubro-negra. Os três atuais artilheiros do Campeonato Brasileiro Kléber Pereira (20 gols pelo Santos), Washington (18 gols pelo Fluminense) e Alex Mineiro (17 gols pelo Palmeiras), passaram recentemente pela Arena da Baixada.
O primeiro, apelidado pela torcida de "incendiário", fez história no Furacão ao lado de Alex Mineiro, o terceiro colocado no ranking dos artilheiros. Os dois comandaram o time na maior conquista da sua história, o título do Campeonato Brasileiro de 2001.
Já Washington, vice-artilheiro do Brasileirão pelo Fluminense com 18 gols, a história é ainda mais curiosa. Reabilitado para o futebol pelo Atlético, após graves problemas cardíacos, o jogador se tornou o maior artilheiro em uma só edição do Campeonato Brasileiro em 2004, ao marcar 34 gols.
Só neste Brasileirão o Atlético utilizou dez atacantes de ofício, três meias improvisados e um meia/atacante. Eis a relação: Joãozinho, Pedro Oldoni, Geílson, Júlio César, Rafael Moura, Willian, Marcelo Ramos, Choco, Bolívia e Anderson Aquino atuaram na frente, com Caíque, Kaio e Rogerinho improvisados e Ferreira atuando nos dois setores.
O artilheiro do time, entretanto, não é nenhum desses. Alan Bahia, hoje reserva do time de Geninho, marcou seis vezes. Pedro Oldoni, reserva da equipe, é o segundo na artilharia com cinco gols e os zagueiros Antônio Carlos (titular) e Danilo (afastado do elenco) vêm logo em seguida, cada um com três gols marcados.
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