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Anunciada na terça-feira (27), a autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para abertura de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar até 75% das obras de construção e reforma de estádios que receberão jogos da Copa de 2014, não deve mexer nos planos do Atlético Paranaense para a conclusão e adaptação da Arena.

Nem mesmo a possibilidade de receber investimentos na casa dos R$ 400 milhões, para cada uma das arenas, empolgou o presidente do Conselho Administrativo do do Furacão, Marcos Malucelli.

Em entrevista à Gazeta do Povo, por telefone, nesta quarta-feira (28), o dirigente foi direto e disse que o clube não tem interesse no empréstimo oferecido pelo Governo Federal. "Não muda nada. O que eu disse meses atrás continua valendo. Não vamos endividar o clube por causa de jogos de Copa do Mundo, mesmo com juros menores", afirma Malucelli.

Em Brasília, o ministro dos esportes, Orlando Silva, explicou que os investidores terão uma carência de três anos e poderão saldar os débitos com o BNDES em 12 anos. As dívidas serão corrigidas pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1,9% ao ano. "Seria loucura fazer isso. Não podemos deixar esse rombo para os próximos 12 anos. Queremos a Copa na Arena, mas precisamos encontrar outra solução", insiste o presidente atleticano.

Para fugir do empréstimo, no entendimento do dirigente, somente as parcerias com a iniciativa privada poderão garantir a conclusão das obras do estádio sem onerar o clube. "Estamos conversando com possíveis parceiros, mas é tudo muito difícil porque são conversas demoradas", finaliza Malucelli.

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