Paulo Sérgio comemora um dos três gols do Operário sobre o Atlético no Germano Krüger, na vitória por 4 a 1 que encerrou a série de 11 jogos invicto do Furacão| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

O jogo

Apesar de mais ofensivo no primeiro tempo, o Atlético teve de correr atrás do placar depois de o Operário marcar com Paulo Sérgio. Empatou com Douglas Coutinho, aos 30, mas cedeu à pressão do Fantasma, que dominou a etapa complementar e goleou com mais dois gols de Paulo Sérgio e um de Sandro.

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Matador

O atacante do Operário Paulo Sérgio foi o destaque da partida, com os três gols marcados sobre o Atlético. Cansado, foi substituído faltando dez minutos para o fim do jogo e saiu aplaudido pela torcida. Os artilheiros do Fantasma no torneio foram Rone Dias, com 6 gols, e Maiquinho, 5.

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O Atlético sub-23 teve de esperar mais três minutos após o apito final do jogo contra o Operário para comemorar o título do segundo turno e a vaga na final do Paranaense. Isso porque, com a inesperada goleada sofrida por 4 a 1 para o Fantasma, nesse domingo (28), em Ponta Grossa, os jogadores precisavam da confirmação da vitória do Coritiba sobre o Londrina, em Curitiba, para erguer a taça. Com a ajuda do rival, o Rubro-Negro garantiu mais uma final disputada no principal clássico do estado, em dois Atletibas.

"Não podemos deixar que esse jogo apague tudo de bom que fizemos; tivemos um segundo turno impecável. Esta foi uma partida atípica, mas, na semana passada, mostramos que podemos ganhar do Coritiba [na final]. Vamos enfrentar uma equipe muito qualificada, mas agora é de igual para igual", afirmou o capitão atleticano, Renan Foguinho.

Com a derrota no Germano Krüger, o Atlético terminou o segundo turno com apenas uma derrota (a de ontem) e 26 pontos, um a mais do que o Tubarão, concorrente direto do Furacão pelo título da segunda etapa do Paranaense.

Jogadores e o técnico Arthur Bernardes destacaram que, apesar da derrota – que interrompeu uma série de 11 jogos de invencibilidade –, chegam à final embalados pela boa campanha na segunda parte da competição. Antes do revés em Ponta Grossa, foram oito triunfos e dois empates. Isso com uma equipe com média de 20,3 anos de idade. "O primeiro objetivo [no campeonato] era fazer jogadores subirem para o time profissional. O segundo era não cair para a Segunda Divisão e o terceiro, que nem nós esperávamos, era ficar 11 jogos sem perder [desde a última rodada do primeiro turno]", afirmou o treinador.

Ontem, no Germano Krü­­ger, o Atlético foi mais ofensivo, mas, no contra-ataque, sofreu o primeiro gol aos 23/1.º, com Sandro avançando em velocidade pela direita, que tocou para Paulo Sérgio, livre, marcar. Mas, sete minu­tos depois, o Furacão empatou, no 12.º gol de Douglas Coutinho no Estadual, aproveitando o bate-rebate na área.

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No segundo tempo, o Fan­­tasma foi soberano. Paulo Sér­­gio marcou mais duas vezes, aos 18 e aos 32/2.º, quando a torcida local gritava olé e o sistema de som do estádio não informava os gols da partida entre Coritiba e Londrina. O time da casa fechou o placar aos 43/2.º, quando Sandro cobrou pênalti, o goleiro Santos defendeu, mas, no rebote, o meia cabeceou para marcar.

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Enquanto o Coritiba terá de dividir as atenções da semana entre a estreia na Copa do Brasil, nesta quarta-feira, e a primeira partida da final do Paranaense, o Atlético terá a semana toda para se preparar para a decisão do certame local. "Isso nos favorece por um lado, mas trata-se de um time com jogadores com experiência internacional. Sabemos que será um jogo dificílimo. Mas não ganhamos esse título agora, estamos ganhando no dia a dia, com respeito, humildade e vamos seguir trabalhando", afirmou o técnico Arthur Bernardes.

Apesar de mais jovem do que o adversário alviverde, o Rubro-Negro se apoia no fato de ter vencido o Atletiba mais recente, por 3 a 1, no último dia 21. "É uma equipe perigosa, temos de procurar vencer o primeiro jogo para que, no segundo, seja outra história, para conquistar o título. Não podemos só nos defender, temos de atacar também", afirmou Foguinho.

A goleada sofrida ontem para o Operário também servirá de material de estudos para Bernardes preparar a equipe para a final. Ele lamentou as ausências de Crislan e Zezinho, cumprindo suspensão, mas também viu novas opções para os dois jogos decisivos. "Com essas ausências, perdemos a ligação entre a defesa e o ataque. Nosso sistema tático não funcionou e algumas substituições não foram bem. Com exceção do [meia] Bruno Pelissari [no lugar do lateral Léo]. Já me serviu como possibilidade de usá-lo de cara", avaliou o treinador.

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