Furacão repete ataque relâmpago
Valeu a estratégia que está virando rotina na Arena: um gol nos primeiros minutos para administrar o resultado pelo resto do jogo. O gol de Rafael Moura, aos 3 minutos, abriu o caminho para a terceira vitória seguida do Atlético na Baixada.
Atlético 3 x 1 ABC - Fazer 3 a 1 sobre o ABC, ontem, na Arena, não representou ao Atlético somente passar às oitavas de final da Copa do Brasil. Significou o direito de enfrentar a equipe mais badalada do momento. O Corinthians, de Ronaldo, é o próximo adversário atleticano. Os confrontos ocorrem nos dois próximos meios de semana, mas a ordem dos mandos de campo será decidida em sorteio, amanhã, na sede da CBF.
Para o técnico Geninho e seus comandados, a oportunidade única de ter o Fenômeno do outro lado é vista como a real chance de provar a qualidade do elenco rubro-negro, muito questionado apesar dos bons resultados.
"O Corinthians é o time da moda. Está invicto no ano e é muito forte. É uma oportunidade de encararmos o Corinthians e conseguirmos a classificação, mudando a opinião de algumas pessoas", alerta o treinador.
Além de garantir a passagem para encarar o Timão, a vitória sobre os nordestinos deu ainda mais moral para o time da Baixada entrar fervendo no Atletiba, domingo, novamente em casa. Se bater o maior rival, o Furacão pode garantir o sonhado título estadual que não conquista desde 2005 (precisa também que o J. Malucelli não vença o Nacional, em Rolândia). Nos períodos mais sonolentos do jogo com a equipe potiguar, a torcida fazia questão de lembrar o maior rival, com cânticos de provocação às boas chances de o Coritiba ver o Atlético campeão no ano do centenário alviverde.
"Para nós, é o jogo do ano. Uma grande decisão contra o nosso maior rival. Estamos totalmente focados", avisa o capitão Antônio Carlos.
Foco que o artilheiro Rafael Moura não mostrou todo o tempo ontem. Apesar de ter marcado seu 14º gol na temporada (12 no Paranaense e dois na Copa), o He-Man exagerou nas firulas, errou passes e bateu um verdadeiro tiro de meta na cobrança de pênalti o terceiro desperdiçado pelo camisa 9 em cinco cobranças em 2009.
"Pedi para bater. Primeiro ele deixou, mas depois não. Quem vai resolver é o Geninho", reclama Marcinho. "Temos três ou quatro jogadores que treinam e podem bater. Eles têm de se acertar ali dentro, na hora da cobrança. Vou conversar com o Rafael porque o aproveitamento dele não vem sendo bom", diz Geninho, admitindo mudar o batedor oficial.
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Em Curitiba
Atlético
Galatto; Rhodolfo, Antônio Carlos e Chico; Raul, Jairo, Julio dos Santos (Pimba), Marcinho (Gustavo) e Netinho (Márcio Azevedo); Wallyson e Rafael Moura
Técnico: Geninho
ABC
Raniere; Juninho, Ben-Hur e Gaúcho; Élton, Marquinhos Mossoró (Rodriguinho), Erandir, Rogério e Rogerinho; Gabriel (Ivan) e Waldir Papel (João Paulo)
Técnico: Heriberto da Cunha
Estádio: Arena da Baixada. Árbitro: Jefferson Schmidt (SC). Amarelos: Marcinho (A); Ben-Hur, Gaúcho, Rogério e Erandir (ABC). Gols: Rafael Moura (A), aos 3/1º; Marcinho (A), aos 22/1º; Gaúcho (ABC), aos 34/2º, e Wallyson (A), aos 47/2º. Renda: R$ 234.470. Público: 12.632 pagantes (13.418 total).
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