O episódio em que o brasileiro Júlio Silva foi chamado de macaco pelo austríaco Daniel Koellerer está sendo analisado pela ATP, órgão que rege o circuito mundial masculino. A entidade confirmou ao GLOBOESPORTE.COM neste domingo que há uma investigação em andamento.
"Nós levamos estas acusações muito a sério e estamos dando sequência ao processo que temos para investigar tais questões. Entretanto, não comentamos investigações em andamento," diz a ATP no comunicado enviado por e-mail.
O incidente aconteceu no Challenger de Reggio Emilia, no fim de junho. Durante o segundo set do jogo, Koellerer disparou em alemão a frase "Volta para a floresta, macaco!" e fez gestos imitando o animal. Alertando pelo jovem tenista alemão Christian Moss, que assistia ao lado do brasileiro Thiago Alves, Silva foi à polícia local e prestou queixa.
Na ocasião, Silva informou à imprensa brasileira que iria pedir uma punição a Koellerer. Como é praxe em assuntos deste tipo ou exames antidoping, a ATP só vai se pronunciar quando tiver esgotado as apurações relativas ao relato do brasileiro. Não se descarta a hipótese de uma punição a Koellerer, que já foi suspenso do circuito em 2006 por mau comportamento.
Apelidado de Crazy Dani (louco Dani) no circuito, o austríaco é famoso por suas discussões com árbitros e por falar palavrões em alemão durante as partidas. O brasileiro radicado na Alemanha Tomas Behrend e o americano Hugo Armando fizeram circular uma petição em 2006, pedindo que o austríaco fosse banido permanentemente do circuito, mas não obtiveram sucesso.
No começo de junho deste ano, em um torneio interclubes na Áustria, Koellerer provocou tanto o compatriota Stefan Koubek, seu adversário no evento, que este foi até a cadeira de Koellerer no intervalo e o estrangulou. Os árbitros desclassificaram Koubek e deram a vitória a Crazy Dani.