O goleiro da seleção da Nigéria, Vincent Enyeama é festejado pelos companheiros| Foto: Peter Powell/ EFE

Eliminado

A África do Sul, sede da última Copa do Mundo, está fora do Mundial no Brasil. A seleção foi derrotada ontem pela Etiópia por 2 a 1, fora de casa, e não tem mais chances de classificar. Desde o México, na Copa de 1990, o país a sediar a Copa anterior não ficava fora da edição seguinte. Com a vitória, a Etiópia chegou a 13 pontos no Grupo A, garantindo vaga na fase final das Eliminatórias.

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Às vezes o chavão que o futebol é uma "caixinha de surpresas" faz sentido. A zebra, o resultado inesperado, surge até mesmo em Copas do Mundo, como a queda da Itália para a Coreia do Norte, em 1966, talvez a mais emblemática de todas elas. Pois cabe ao Taiti, que nesta segunda-feira (17) enfrenta a Nigéria, o rótulo, disparado, de azarão da Copa das Confederações.

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O jogo no Mineirão, em Be­­lo Ho­­rizonte, às 16 horas, colocará lado a lado uma equipe forte e campeã africana contra um time formado por amadores. A Nigéria é favoritíssima, apesar de ter enfrentado todos os tipos de problemas: de jogadores lesionados a ameaça de boicote ao torneio da Fifa.

O técnico Stephen Keshi montou uma Nigéria forte na defesa, com um meio de campo jovem que tem como estrela John Obi Mikel, do Chelsea, além de um ataque com dois homens: Musa e Oduamadi. Keshi tem conseguido dar um padrão tático à equipe, algo que sempre foi a dificuldade de equipes africanas, sempre muito fortes apenas fisicamente.

O maior problema de Stephen Keshi foram os cortes dos meias Ogenyi Onazi e Victor Moses e o atacante Emmanuel Emenike, todos lesionados. Outro imprevisto: o atraso para chegar ao Brasil. Os nigerianos chegaram a Belo Horizonte somente na madrugada de domingo e fizeram um único treino no Mineirão, no período da tarde.

Tudo por causa de um desentendimento na premiação dos jogos pelas Eliminatórias. Parte do elenco não aceitou o valor pago pela federação, de US$ 2,5 mil por jogo. Segundo a imprensa nigeriana, o "motim" só foi solucionado graças à intervenção do Ministro do Esporte, Mallam Bolaji, pressionado pela Fifa.

A Nigéria se vê obrigada a vencer o Taiti, mesmo cansada por causa da viagem, porque está em um grupo que tem Espanha e Uruguai como favoritos. O Taiti, nos treinos que fez em Belo Horizonte, privilegiou a defesa, jogando apenas com um atacante avançado. É para perder de pouco.

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