Ao que tudo indica o caso Aloísio terá alguma novidade apenas depois do carnaval. No dia 3 de março está marcada uma audiência na 1.ª Vara do Trabalho de Curitiba e somente após a reunião deverá sair algum veredicto quanto ao jogador.
O Atlético conseguiu na Justiça do Trabalho da capital paranaense uma liminar que obriga o atacante a se apresentar ao Rubro-Negro 24 horas depois de ser notificado. Esse é o problema, após saber da decisão da justiça Aloísio não apareceu mais no CT do São Paulo para treinar.
Com o sumiço "repentino", o oficial de justiça não conseguiu intimar o atleta. O clube paulista já foi notificado e sabe da multa. Quando Aloísio receber a intimação ele terá 24 horas para se apresentar ao Atlético, caso contrário a equipe paranaense terá direito a receber uma multa de R$ 72.222,00 por dia de atraso do jogador.
A disputa judicial pelo atacante começou logo após a conquista do título Mundial Interclubes do São Paulo. Aloísio foi emprestado ao tricolor paulista no dia 11 de novembro para a disputa no Japão, o contrato era de três meses. O encerramento se deu em 11 de fevereiro e a presença de Aloísio era aguardada para o dia seguinte.
No entanto isso não aconteceu, e desde então informações desencontradas e os dois clubes, Atlético e São Paulo, dizem que têm contrato assinado com o atacante. No entanto, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Aloísio tem vínculo contratual apenas com o Atlético, que termina em dezembro de 2006.
A equipe paulista afirma que adquiriu os direitos federativos de Aloísio diretamente com o clube russo Rubin Kazan, quando o atacante rescindiu o contrato com o Atlético. Para o advogado do Rubro-Negro, Marcos Malucelli, esse é um argumento sem lógica.
"Para o Aloísio fazer um novo contrato ele tinha que rescindir o antigo. Caso contrário, ele nem poderia sr emprestado ao São Paulo. No dia 11 de novembro Aloísio rescindiu o contrato antigo, que vencia na data de 5 de dezembro e estaria fora do prazo para a inscrição do Mundial de Clubes, e neste mesmo dia 11 de novembro assinou o empréstimo com o São Paulo por três meses", esclareceu Malucelli.
"O que nós tínhamos que entrar em questões de medidas judiciais já fizemos. O São Paulo ainda pode tentar alguma coisa, tentar um recurso e cassar a liminar da Justiça do Trabalho. Nós vamos esperar a audiência do dia 3 de março e nesse tempo tentar notificar o Aloísio", definiu o advogado Rubro-Negro.
A diretoria do São Paulo não comenta mais o assunto. "Ninguém do São Paulo tem interesse de falar sobre essa situação. Estamos agindo dentro da lei, mas não ganhamos nenhuma vantagem em comunicar a imprensa às vias jurídicas que estamos tomando", enfatizou o superintendente de Futebol, Marco Aurélio Cunha.
"Essas coisas não se dizem, acontecem dentro das análises dos fatos. Não tem porque ficar fofocando sobre esse assunto", finalizou Aurélio Cunha.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura