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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Aurival Correia é o novo presidente eleito do Paraná Clube. É verdade que as eleições no clube só se encerram às 20h desta quarta-feira (7), porém a votação ou formalidade visa apenas legitimar a chapa "Aliança Tricolor", da situação – única a se inscrever e, conseqüentemente, eleita por aclamação por conselheiros e associados do clube.

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Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo Online, o novo presidente tricolor pelo biênio 2008/2009 acredita que o conhecimento adquirido como vice de finanças durante a gestão anterior, de José Carlos de Miranda, o preparou para o desafio de dirigir o Paraná. Desde outubro deste ano, Correia é presidente-interino, e só assumirá o seu mandato em janeiro. Mesmo assim, os planos – alguns deles ambiciosos – já estão definidos.

Confira o bate-papo com Aurival Correia:

Gazeta do Povo Online – Ser presidente do Paraná Clube é o maior desafio da vida do senhor?

Aurival Correia - Acho que na minha vida tive muitos desafios, mas o maior foi quando entrei no clube (em 2003), a situação financeira estava terrível. Por isso a nossa gestão dará continuidade ao que já vinha sendo feito. Conheço o clube profundamente, estou bem preparado.

G – Como estão as contas do Paraná?

AC – Estão todas em dia, equilibramos a área social, temos 250 pessoas pagas em dia neste setor. O mesmo vale para o futebol.

G – Como o senhor vê a ausência de uma chapa de oposição nestas eleições? É um reconhecimento do trabalho que já vinha sendo feito pela gestão anterior?

AC - Acho que isso reverencia o nosso trabalho, o associado e os conselheiros reconhecem o que estamos fazendo pelo Paraná.

G – O senhor pretende ouvir a oposição durante sua gestão?

AC - Na verdade não temos oposição no clube. O que existem são críticos de plantão, que nada fizeram pelo clube, não agregaram nada. Mas se tivermos opositores, é claro que vamos ouvi-los.

G – Quais as prioridades na sua gestão?

AC – Temos projetos ambiciosos para a área social, daremos continuidade às reformas que não foram possíveis ainda, já que passamos os últimos anos saneando o clube. Com a situação melhor, vamos ter algumas prioridades assim quando diretoria social estiver definida. No futebol pretendemos construir um centro de treinamento na área que temos no Tarumã, queremos também melhorar a Vila Capanema, e também temos um projeto ambicioso para o amador, o Paraná tem um histórico em revelar jogadores, e queremos dar continuidade nisso, reestruturando o setor.

G – O gramado da Vila Capanema poderia ser trocado no fim do ano, segundo o ex-presidente Miranda. Isso será mesmo feito?

AC – Isso dependeria da viabilidade econômica. Estamos pensando primeiro no campo no Tarumã e na seqüência fazer o CT todo. Mas para o gramado, também precisaríamos liberar a Vila Olímpica para mandarmos os nossos jogos do Paranaense lá. Não temos a liberação do Corpo de Bombeiros para isso, e creio que não haverá tempo hábil para isso agora. Para trocar o gramado, seria necessário fechar a Vila Capanema por pelo menos três meses.

G – Independente do risco de rebaixamento, já existe um planejamento para a próxima temporada?

AC – O planejamento é só pensando em Série A. E na evolução da equipe nos últimos jogos nos habilita a pensar assim. Temos certeza que vamos vencer o Botafogo no sábado e que vamos sair dessa situação.

G – E quanto ao time?

AC –Temos um elenco grande, com 37 jogadores no profissional, outros da base para subir, além de contratos e empréstimos que vão acabar fim do ano. Temos uma base, para começar o Paranaense e a Copa do Brasil. De qualquer forma, já temos pessoas trabalhando na observação de possíveis reforços. Vamos tentar manter essa base, aproveitar quem volta e preencher as posições carentes.

G – Quem deve voltar para ser mantido?

AC – O Leonardo (emprestado ao Flamengo) e o (lateral-esquerdo) Eltinho (hoje no futebol japonês) devem se apresentar no dia 3 de janeiro. Apesar das dificuldades salariais, vamos procurar mantê-los.

G – E o Josiel, fica ou sai?

AC – No momento não fomos procurado por ninguém, por isso acredito que ele possa permanecer conosco.

G – O técnico Saulo de Freitas vai permanecer no comando?

AC – Sim, ele e a comissão técnica têm contrato até o fim do Paranaense. Estou satisfeito com o trabalho dele. Ele conseguiu unir o grupo, mudar a cabeça dos jogadores.

G – Nos últimos anos, o Paraná pleiteia a sua entrada no Clube dos 13, com o apoio de alguns clubes, como o Flamengo. Esse trabalho também segue na sua gestão?

AC – Com certeza. Vamos manter a mesma filosofia, participei de várias reuniões no clube dos 13, tenho conhecimento do que acontece lá. O Paraná hoje tem muita simpatia de várias agremiações, é possível sermos aceitos.

G – Como estão as investigações das supostas irregularidades nas vendas de jogadores que envolvem o ex-presidente Miranda?

AC – O pessoal está trabalhando nesse momento. Eles estão ouvindo pessoas e algumas testemunhas. Creio que nos próximos dias o relatório sobre isso será divulgado.

G – O ex-presidente terá alguma participação nesta nova gestão?

AC – Ele não irá contribuir (pausa). Não partilho de algumas filosofias que ele (Miranda) aplicou no clube.

G – O Grupo de Investimentos (GI) terá os seus componentes revelados? A atual composição de parcerias do Paraná junto a esse e outros grupos de empresários será mantida?

AC – A princípio, como o Paraná não tem capital para contratar jogadores de peso, sempre parcerias boas serão bem-vindas. E quanto ao GI, nós vamos aguardar os próximos acontecimentos para saber se continuamos, mas acho que esse tipo de iniciativa sempre será bem-vinda, porque acabou nos trazendo lucros.

G – Deixe uma mensagem para o torcedor e sócio paranista, que espera dias melhores em 2008.

AC – Olha, ao torcedor só tenho que agradecer o apoio, principalmente das torcidas organizadas, que nos apoiaram do início ao fim. Espero continuar recebendo esse tipo de apoio, para juntos fazermos de tudo para levar o nome do Paraná para onde ele merece. Quanto aos sócios, eles precisam saber que têm uma grande importância para o clube e para o social. É com eles que mantemos e possibilitamos o sustento de 250 famílias. Com certeza vamos fazer mais em mais por eles.

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