O motorista do ônibus que transportava a delegação do Togo durante o atentado da última sexta-feira e que foi dado como morto está, na verdade, vivo. Quem garante é Carlos Zeca, secretário provincial de saúde em Cabinda, local do ato terrorista que feriu gravemente dois atletas togoleses além de ter tirado a vida de dois membros da comissão técnica da seleção.
"Antonio Quaresma (o motorista) está passando bem. Está consciente e consegue descrever tudo o que aconteceu", declarou Zeca em entrevista ao "Jornal de Angola".
O Jornal de Angola precisou que Quaresma "38 anos, de nacionalidade angolana, sofreu ferimentos no abdómen".
Depois de muitas reuniões, a delegação do Togo deixou a Copa Africana de Nações neste domingo. No entanto, dirigentes da Federação togolesa pensam em fazer com que a equipe volte a Angola para disputar o torneio dentro de três dias, depois do período de luto decretado pelo governo do país.
"Ficar é a melhor resposta aos terroristas"
O franco-bósnio Vahid Halilhodzic, técnico da Costa do Marfim, que está no grupo B, o mesmo de Togo, explicou neste domingo que sua seleção vai disputar normalmente o torneio.
"Estou triste pela África, por Angola e o futebol, e também por Togo, que deixa a Copa Africana. Mas ficar é a melhor forma de responder a todos os terroristas que tentam impor suas ideias radicais".
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