O presidente do Palmeiras Luiz Gonzaga Belluzo tirou mais uma vez o terno e vestiu a camisa de torcedor. Um vídeo com o dirigente gritando palavras irônicas e agressivas supostamente em referência ao São Paulo circula pela internet (clique aqui e assista ao vídeo). Em festa de uma das torcidas organizadas do clube, no dia 17 de outubro, Belluzzo sobe ao palco e grita pelo menos duas vezes "Vamos matar os bambi (sic)!", supostamente com o sentido de eliminar o rival da disputa pelo título.

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Bambi é como os torcedores rivais do São Paulo chamam os tricolores, numa referência ao desenho animado lançado pela Disney na década de 40, cujo personagem principal é um cervo. Além de ironizar o adversário, Belluzzo também citou indiretamente a derrota do São Paulo para o Atlético-MG em jogo realizado no mesmo dia, no Morumbi.

"Vamos matar os bambi (sic)! Eles já morreram hoje".

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Na ocasião, o Palmeiras era líder com 54 pontos, enquanto o Tricolor ficou com 49 pontos. No dia seguinte, porém, o Verdão perdeu a chance de se distanciar do rival, então em quinto lugar, ao perder para o Flamengo por 2 a 0 no Palestra Itália. Depois disso, a situação se inverteu e atualmente, a duas rodadas do fim, o São Paulo lidera com 62 pontos, três a mais que o time do Palestra, em quarto lugar.

Essa não é a primeira vez que Belluzzo se envolve em polêmica. Na derrota para o Fluminense no Maracanã, no último dia 8, ele se irritou com a arbitragem de Carlos Eugênio Simon. O juiz anulou um gol legal de Obina ao marcar falta do atacante. O presidente do Palmeiras xingou Simon e chegou a ameaçá-lo.

"Ele está na gaveta de alguém. Só dá para entender assim. Ele dar uma falta dessas (de Obina, no gol anulado). Ele deve estar fazendo favor a alguém. Não sei a que time, se quer tirar o time da Segunda Divisão. Ainda houve um pênalti vergonhoso no Danilo. Estou dizendo que o Simon é safado, um sem vergonha e crápula. Adianta fazer protesto (à CBF)? A única coisa que pode se fazer é encher o cara de porrada depois de um assalto desse. O cara foi de má-fé. Ele já devia ter sido excluído do futebol", disse Belluzzo, que depois foi suspenso pelo STJD por 270 dias.