
Opinião
A cartilha do vencedor
Como falar de um time com números impressionantes como o Coritiba de 2011 sem ser repetitivo? Vamos deixar de lado a conquista de ontem e os recordes já conquistados. O maior trunfo coxa-branca foi traçar e cumprir o que manda a cartilha de como se administrar um clube de futebol. Do fundo do poço, no fim de 2009, o Alviverde ressurgiu em pouco mais de um ano e reergueu a imagem do clube, que estava estraçalhada. Essa mudança de cenário não se deu apenas porque, dentro de campo, bons jogadores se destacaram. A reviravolta está diretamente ligada a planejamento, salários em dia, boas condições de trabalho e união em torno dos objetivos. Ainda há muita estrada a percorrer, mas o resultados mostram que o caminho está correto.
Fernando Rudnick, setorista do Coritiba
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Daqui a décadas, quando forem resgatar a histórica campanha alviverde em 2011, irão encontrar o nome do atacante Bill na categoria "herói". Um ídolo diferente. Sem glamour. Cheio de garra. E predestinação.
As pesquisas no futuro vão exaltar os dois gols do camisa 9 em mais um decisivo Atletiba de Páscoa. Sua participação no clássico de ontem, entretanto, começou antes.
Foi no rosto dele que Manoel resolveu dar uma cotovelada a 8 minutos de jogo. Agressão infeliz, capaz de arrasar o planejamento rubro-negro feito para tentar barrar a melhor campanha do país. Se ninguém havia conseguido com 11 em campo...
Mesmo com a vantagem numérica, o Coritiba ainda estava recuado e nervoso quando o atacante abriu o placar. Havia tentado instantes antes. No segundo escanteio seguido, Renan Rocha até defendeu o arremate de Pereira, mas sem querer rebateu a bola na cabeça de Bill. Marcou quase sem se mexer.
Na sequência, o Coxa, que já havia entrado em campo campeão, pôde começar a pensar na festa quando ele fez o segundo. Um gol oportunista, com cara de recuo de bola aceito pelo arqueiro rival.
Para não fugir ao seu estilo, também perdeu o gol mais feito da partida no segundo tempo ao errar na frente da meta vazia.
O tento o isolaria na artilharia do Paranaense, seu objetivo pessoal. Está com 12, ao lado de Davi e de Giancarlo (do Cianorte).
Tudo bem. Seu nome já estava cravado de forma inigualável na conquista: Bill, Bill, Bill, Bill. O coro ouvido em todos os jogos do Coxa foi repetido várias vezes ontem, até pelos companheiros de time. "A emoção é demais. Marcar dois gols e comemorar na casa do maior rival é muito bom. Estou muito contente", disse, reverenciando a torcida alviverde.
Pediu e ganhou uma faixa de campeão de um dos fãs. Para retribuir tanto carinho, o atacante decidiu também jogar a camisa para a arquibancada. Não deu certo e ela caiu no fosso. Enquanto seus companheiros erguiam a taça no palco montado no gramado da Arena, ele não sossegou enquanto não desceu na tela de proteção e pegou a peça do uniforme para entregar aos coxas-brancas.
Na confusão até perdeu a sua medalha, devolvida depois. Esse é Bill. "Bill campeão, que combina com bicampeão", festejou.
Dia tenso na Baixada
Fora do vestiário, o Atlético terá um novo embate, desta vez interno. Hoje à noite haverá a prestação de contas do balanço de 2010 do clube. A reunião, com a participação de conselheiros, será no Estádio Joaquim Américo. Especula-se que a ala do ex-presidente do clube, Mário Celso Petraglia, possa pedir a renúncia da atual diretoria. Ontem, minutos após o clássico vencido pelo Coritiba, o ex-mandatário disparou contra a gestão Marcos Malucelli via Twitter. Proferiu alguns xingamentos e previu que "o pior está por vir". E completou: "Só voltarei se a administração 'mais chuteiras' sair agora. Renunciar já. Em dezembro a situação será insustentável."
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