Com a participação do recordista Usain Bolt, equipe jamaicana de atletismo parcipará pela primeira vez da Diamond League| Foto: Adrian Dennis/AFP

Maurren estreia sob suspense

Maurren Maggi busca hoje, a partir das 13 horas (de Brasília), a classificação para a final do salto em distância, que será no domingo, o último dia de disputa do Mundial de Atletismo de Berlim. A brasileira de 33 anos pisará no Estádio Olímpico como campeã olímpica da prova, mas também como uma incógnita.

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Unesp afasta professores por 60 dias

A Reitoria da Unesp (Universidade Estadual Paulista) decidiu ontem pelo afastamento preventivo por 60 dias dos professores Jayme Netto Júnior e Pedro Balikian Júnior das atividades docentes no campus de Presidente Prudente. O período coincide com o prazo que a comissão instaurada pelo diretor do campus, João Fernando Custódio da Silva, tem para apurar o envolvimento de ambos no maior caso de doping sistemático do atletismo brasileiro, quando cinco atletas da delegação, que iriam para o Mundial de Berlim, foram flagrados com a substância EPO (eritropoietina). O objetivo da droga era acelerar o tempo de recuperação física dos atletas.

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Berlim - Usain Bolt não decepcionou e protagonizou mais um espetáculo no Mundial de Berlim. Além de con­­quis­­tar, com folga, a sua segunda medalha de ouro na competição, o ja­­­­maicano quebrou o recorde mun­­­­dial dos 200 m ao completar a prova em 19s19 – a marca anterior era 19s30, dele mesmo, obtida na Olimpíada de Pequim. O jamaicano ca­­mi­­­­nha com suas largas passadas para cumprir o seu principal objetivo.

"Ainda não sou uma lenda. Mas estou próximo de concretizar a minha meta e me transformar em uma", afirmou Bolt.

Depois de baixar a sua marca nos 100 m, Bolt se tornou o primeiro atleta a também quebrar o re­­cor­­de nos 200 m em uma mesma edição de Mundial. Esta foi também a primeira vez que o melhor tempo dos 200 m foi batido em um Mundial. A medalha de prata fi­­cou com o panamenho Alonso Edward (19s81). O americano Wal­­lace Spearmon (19s85) terminou com o bronze.

"Eu o conheço há muito tempo e não sei qual é o limite dele. Não dá para saber até quanto ele pode baixar. É o Insane Bolt (Insano’ Bolt, em inglês)", brincou Spear­mon.

O próprio jamaicano também não sabe até quanto pode baixar os seus tempos. "Isso é complicado de falar. Não sei quando, mas penso que consigo diminuir os meus tempos. Acho que o mais rápido que um homem pode correr os 100 m é 9s40, mas não sei se eu mesmo consigo atingir essa marca", afirmou Bolt.

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Logo após cruzar a linha de chegada, o homem mais rápido do mundo ainda abriu um sorriso, olhou para a placar e apontou para o seu novo recorde. O show, como era esperado, ainda continuou após a prova. O velocista atravessou toda a pista, cumprimentou diversas vezes os torcedores jamaicanos e até apostou corrida com a mascote do campeonato, Berlino. Um marketing que, ao lado da autoconfiança, tornou-se marca registrada do atleta.

"As pessoas esperam a prova não só para vê-lo correr, querem saber o que ele fará. Ele é muito teatral. E por trás há grande engrenagem de marketing", diz Márcia Pilla do Valle, especialista em psicologia do esporte.

Hoje Bolt terá um dia de folga para, a partir de amanhã, tentar levar a Jamaica ao título do revezamento 4 x 100 m. Para o futuro, seu treinador, Glen Mills, projeta vê-lo correndo nos 400 m.

"Estou bastante motivado para conseguir correr também nos 400 m. Hoje, acho que seria muito cansativo disputar três provas em um Mundial ou na Olimpíada. Mas meu técnico acredita muito nisso e me faz treinar cada vez mais forte para este desafio. É esperar. Como sempre digo: tudo é possível", disse o atleta.