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| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

Na briga

Barrichello cumpre a "obrigação" e larga na pole

São Paulo - "Rubinho! Rubinho!" e "Ah, eu acredito!", gritava a torcida brasileira no autódromo de Interlagos. Era a festa pela pole position conquistada pelo brasileiro, que saudava os fãs na frente do boxe da Brawn GP. Um feito atingido com o tempo de 1min19s576, depois de muita chuva e 2h40 de treino classificatório, parado duas vezes para esperar a água na pista diminuir.

Melhor do que o primeiro lugar no grid foi ver o líder do campeonato, Jenson Button, companheiro de Brawn GP, ser eliminado ainda na segunda fase do treino. O inglês vai largar apenas em 14º. O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, que também ainda sonha com o título, foi pior ainda. Caiu na primeira fase e partirá apenas em 16º.

Rubinho, porém, conteve o entusiasmo. "É como às vezes quando você chega com uma nota azul no boletim e diz ‘tá aí, pai’, e ele te responde ‘você não fez mais do que a obrigação’. Pois é, essa pole veio para manter o meu sonho", comparou.

Caso vença a corrida e Button não chegue à área de pontuação, Barrichello diminuiria para quatro pontos a desvantagem antes da última prova da temporada, em Abu Dhabi.

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São Paulo - Quem viu a Ferrari de Felipe Massa e a McLaren de Lewis Hamilton duelando pelo título mundial do ano passado em Interlagos, não poderia imaginar que, na volta da Fórmula 1 ao circuito, dois pilotos da Brawn GP – equipe que nem sequer existia na época – estariam brigando pelo campeonato com um terceiro da Red Bull. E a tendência para o ano que vem, com o grid inchado, proibição do reabastecimento e o GP do Brasil voltando a encerrar a temporada, é ver uma categoria ainda mais diferente.

Já são quatro novos times confirmados para 2010. Em junho saiu a lista da Federação Inter­­na­­cional de Automobilismo (FIA) com Campos, Manor e USF1. Mais tarde foi confirmado o retorno do tradicional nome Lotus, agora sob direção de um grupo de investidores, com forte participação do governo da Malásia. A BMW anun­­ciou sua saída, mas a vaga ainda pode ficar com uma equipe a ser bancada pelo fundo de inves­­timentos suíço Qadbak.

Ou seja, 13 ou 14 equipes formariam um grid com 26 ou 28 pilotos no ano que vem. Para se ter ideia, os boxes do autódromo de Interlagos não têm capacidade para tantas escuderias. E não é apenas aqui que haveria problemas de acomodação.

Além dos problemas de estrutura, tradicionais equipes chegaram a reclamar do aumento radical de vagas. Caso da Ferrari, que ironizou em um comunicado ao questionar: "Fórmula 1 ou GP2?", referência à categoria de origem de Campos e Manor.

Difícil que algum dos novos times repita a façanha da Brawn na atual temporada. A expectativa do mundo da F1 é pela recuperação de McLaren, que vem en­­sai­­ando uma me­­lhora recentemente, e Ferrari, com a dupla Fe­­li­­pe Massa e Fer­­nando Alonso.

Massa também acredita que as duas principais forças da temporada seguirão competitivas. "A Brawn e a Red Bull têm feito um ótimo trabalho. Há consistência para continuarem andando na frente", afirma.

A primeira, provavelmente sem Rubens Barrichello, cujo acerto com a Willians é dado como certo pela imprensa especializada. Sobraria mais uma vaga para animar a dança das cadeiras. Entre os principais pilotos, já está certo que o polonês Robert Kubica substituirá o espanhol Alonso na Renault. Seu companheiro pode ser o brasileiro Lucas di Grassi, piloto reserva da equipe. Mas ele também negocia com outros times. Assim como Bruno Senna, que che­­gou a ser confirmado por jornalistas espanhóis na Campos, porém garantiu que ainda tem outras duas opções.

As negociações nos bastidores de Interlagos estão fervilhando. Com tantas vagas abertas de uma vez, até o tricampeão mundial Nelson Piquet apareceu no autódromo dizendo procurar uma vaga para o filho Nelsinho – completamente queimado após o escândalo da armação da Re­­nault em Cingapura no ano passado vir a público.

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