A bronca do técnico Zé Roberto surtiu efeito e a seleção brasileira mostrou sua melhor atuação da Copa do Mundo na partida contra a Sérvia nesta quinta-feira. Depois de se dizer envergonhado após a derrota para a Itália, o treinador voltou a sorrir e a ficar orgulhoso das meninas, que arrasaram as adversárias com a vitória por 3 a 0, parciais de 25/13, 25/14 e 25/21. A ponteira Jaqueline, que marcou dez pontos durante a partida, foi eleita a melhor em quadra.
Com o resultado, o Brasil fica a um passo das Olimpíadas de Pequim, podendo até perder do último adversário da Copa, o Japão, para se classificar. O time verde e amarelo lutará para confirmar sua vaga nesta sexta-feira. A partida será realizada às 7h (de Brasília), e terá transmissão ao vivo da RPC TV. No mesmo dia, as sérvias enfrentam as cubanas.
Maior pontuadora da Copa passa em brancoO time brasileiro entrou em quadra atento e logo impôs o seu ritmo de jogo. Depois do "apagão" de quarta-feira, as meninas voltaram a caprichar nos saques e também fizeram bonito no bloqueio, que conseguiu parar as altas adversárias. Vibrante, a seleção não tomou conhecimento de Nikolic, maior pontuadora da Copa do Mundo.
Com uma pancada de Jaqueline, a equipe fechou o primeiro set em 25 a 13. Atônitas, as sérvias saíram de quadra sem acreditar no resultado. Seleção dá show de alegria e levanta a torcida
As européias bem que tentaram reagir, mas o massacre continuou na parcial seguinte. No lugar do festival de erros contra a Itália, o Brasil acertava todos os fundamentos. Ágil, o time não dava tempo para a Sérvia armar seu jogo, construindo com facilidade e outro placar elástico. Um dos destaques da partida, Paula Pequeno era o reflexo da seleção em quadra: alegre e solta.
Bem servida pela levantadora Fofão, a ponteira foi fundamental para a vitória por 25 a 14. Até a calada torcida japonesa não pôde conter os aplausos diante do show brasileiro.
Tranqüilidade do início ao fim
Com a obrigação de vencer para seguir no jogo, a Sérvia deu mais trabalho no terceiro set. Sem perder a tranqüilidade, a seleção brasileira continuou a ditar seu ritmo. Apesar do esforço, as adversárias não conseguiam diminuir a desvantagem de dois pontos no placar. Com o jogo em 15 a 13, o time verde e amarelo partiu para liquidar a partida, e logo atingiu seu objetivo. Jaqueline soltou o braço, Walewska e Fabiana apostaram na velocidade e o saque continou impecável. O resultado não poderia ser diferente: rapidamente, o Brasil abriu 19 a 14. A partir daí, foi só administrar o resultado até comemorar o placar de 25 a 21 e a volta por cima da equipe de Zé Roberto.