Brasil e Itália fizeram a final olímpica de Atenas-2004 no vôlei| Foto: AFP

Rivalidade

A geração de Bernardinho foi a responsável por colocar fim à hegemonia dos italianos no vôlei mundial. Na década de 1990, os rivais ganharam oito títulos na Liga Mundial e três Mundiais, mas, na década seguinte, a partir de 2001, quando o atual treinador brasileiro assumiu a seleção, o Brasil repetiu a mesma coleção de conquistas dos italianos, somando ainda um ouro olímpico em Atenas-2004. Os números do confronto favorecem o time verde e amarelo, que soma 29 vitórias contra 20 dos europeus, porém, a última vez em que se enfrentaram, no Mundial de 2011, a Itália venceu por 3 sets a 2.

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O confronto cheio de rivalidade que o Brasil aguardava e não teve diante da Argentina está reservado para hoje. Às 15h30 (de Brasília), no Earls Court, será a vez de enfrentar a Itália. Duelo das duas seleções mais vencedoras da história recente do vôlei por uma vaga na final da Olimpíada.

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Do lado dos brasileiros, são nove títulos da Liga Mundial, três Mundiais e outras três conquistas da Copa do Mundo. E ainda duas medalhas de ouro nas Olimpíadas, em Bar­­celona-1992 e Atenas-2004, justamente diante dos oponentes da vez.

Os italianos ostentam oito triunfos da Liga Mundial, três de Campeonatos Mundiais e um na Copa do Mundo. Mas nunca subiram ao alto do pódio nos Jogos. Além do fracasso ante o Brasil, foram batidos pela Holanda (Atlanta-1996).

Superioridade verde e ama­­rela no ambiente olímpico que não se resume ao número de ouros. O Brasil ven­­ceu os sete encontros nos Jogos. "Cumprimos uma primeira etapa. Agora chegou o momento de pensar na medalha", declarou o técnico Bernardinho. "Crescemos na competição", complementou o ponteiro Giba.

Durante a fase de classificação, os brasileiros venceram quatro embates e perderam somente um, para os Estados Unidos, os atuais campeões olímpicos. Nas quartas de final, superaram com facilidade a Argentina.

A Itália registrou campanha pior, com três vitórias e duas derrotas na etapa inicial. Nas quartas, aplicou um surpreendente 3 sets a 0 nos americanos. O resultado expressivo, diante do time que tem sido carrasco do Brasil, é motivo de preocupação. "Não tem jeito, é um país tricampeão mundial. Tem de respeitar sempre. Itália é Itália", resumiu o líbero Serginho.

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A principal arma adversária é o saque. Foi com o serviço que eles detonaram com a recepção dos Estados Unidos, marcando nove pontos diretos. Com destaque para o ponteiro Savani, responsável por 19 pontos na partida. "Eles estão dependendo do saque nessa Olimpíada. Quando o saque do Savani entra, ou o do Fei, eles conseguem ganhar o set. Mas quando não entra, eles têm dificuldade de recepcionar", analisa o ponteiro Murilo.

Outra barreira para a equi­­pe de Bernardinho será a provável ausência do oposto Leandro Vissotto. O jogador sentiu uma lesão muscular na coxa direita contra os argentinos e está realizando tratamento intensivo para entrar em quadra. "Se perdermos o Leandro, será uma perda significativa. Mas temos de lidar com o que temos. O time confia no Wallace [possível substituto]. É a primeira experiência internacional dele", avalia Bernardinho.