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Guadalajara - Após conquistar a 23.ª colocação no quadro de medalhas de Pequim em 2008 com apenas três ouros, o Brasil quer se transformar na 10.ª potência esportiva do mundo depois de 2016, quando organizará as Olimpíadas, disse nesta sexta-feira (14) o ministro de Esportes, Orlando Silva.

"Iniciamos um projeto de estímulo ao esporte de alto rendimento que transformará 2016 no ponto de partida para um novo nível no esporte do Brasil", afirmou Silva em uma entrevista na cidade mexicana de Guadalajara, onde assistirá à cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos.

O ministro disse compartilhar a "ambiciosa" meta do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de transformar o Brasil na décima potência esportiva do mundo depois dos Jogos do Rio de Janeiro. "Poderemos ter bons resultados porque estaremos em casa e a delegação será grande, mas o modelo que iniciamos procura que o país permaneça entre os melhores do mundo após 2016", declarou.

Orlando Silva frisou que o Brasil se inspirou em modelos como os da Austrália e da Coreia do Sul, países que se mantiveram em boas posições no quadro de medalhas após organizarem os Jogos Olímpicos, mas também em experiências como a da Espanha, que vem se destacando no cenário mundial pelos resultados de seus atletas.

O modelo brasileiro inclui a concessão de bolsas de estudos aos esportistas para estimulá-los a alcançar resultados e o pagamento de prêmios aos atletas de elite com possibilidades de conseguir pódios olímpicos e mundiais.

A iniciativa prevê elevados investimentos em infraestruturas esportivas, um projeto para que as escolas assumam o lugar dos clubes na formação de atletas e a concessão de incentivos fiscais às empresas que apoiem o esporte.

O Governo fornece subsídios diretos para 38% dos 518 atletas que disputarão os Pan-Americanos. A chamada Bolsa Atleta, criada em 2005, apoiou até agora 13.852 esportistas de alto rendimento a um custo de R$ 224,2 milhões em seis anos. O número de bolsistas este ano é de 3.598 com um custo de R$ 52 milhões e o orçamento em 2012 subirá para R$ 80 milhões.

De acordo com Orlando Silva, o Brasil já começou a colher os resultados desta política de desenvolvimento do esporte de alto rendimento e dos incentivos oferecidos às empresas que investem em esportes. O ministro citou o caso da remadora Fabiana Beltrame, uma das bolsistas do Governo e que este ano se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um Mundial de Remo.

Outro exemplo dado pelo ministro foi o do pugilista Everton dos Santos, o primeiro brasileiro a ganhar um ouro em um Mundial de Boxe, há duas semanas em Baku - além de Fabiana Murer, que este ano foi campeã mundial de salto com vara.

Silva garantiu que esse investimento também permitiu ao Brasil reduzir a grande distância que o separava de Cuba no quadro de medalhas do Pan e pensar na possibilidade de alcançar o segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos.

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