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O paranaense Leandro Damião, autor de dois gols na semifinal contra a Coreia do Sul | Nigel Roddis/ Reuters
O paranaense Leandro Damião, autor de dois gols na semifinal contra a Coreia do Sul| Foto: Nigel Roddis/ Reuters

Antes da festa, respeito

Os jogadores e o técnico do Brasil pregaram respeito ao México, adversário pela medalha de ouro, ao término do confronto da semifinal com a Coreia do Sul. Para os brasileiros, será difícil o jogo do próximo sábado, no Estádio de Wembley, em Londres.

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O Brasil voltou

24 anos e seis Olimpíadas depois o Brasil conseguiu voltar a final no torneio olímpico de futebol masculino com chance real de conquistar a inédita medalha de ouro.

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Uma partida separa o Brasil da medalha de ouro. Com o triunfo sobre a Coreia do Sul, por 3 a 0, ontem, na semifinal em Manchester, a seleção garantiu a classificação para a final da Olimpíada. O adversário será o México, no sábado, às 11 horas (de Brasília), em Londres.

"Era apenas um sonho. Agora faltam alguns dias", resumiu o goleiro Gabriel, ao término do confronto realizado no Old Trafford, estádio do Manchester United. Os gols foram marcados pelo atacante Leandro Damião (2) e o volante Rômulo.

Há 24 anos, os brasileiros não chegavam à decisão. Da última vez que isso aconteceu, perderam para a União Soviética, por 2 a 1, em 1988, em Seul. Somente três dos jogadores atuais eram nascidos na época – o lateral-esquerdo Marcelo, o zagueiro Thiago Silva e o atacante Hulk.

Quatro anos antes, em Los Angeles, a equipe verde e amarela também amargou a prata. Dessa feita, insucesso diante da França, por 2 a 0. A partir daí, dois bronzes e uma coleção de fracassos.

"Em maio, nós não tínhamos nada. Agora estamos em uma final olímpica, depois de 24 anos. O que deixa claro que não deve ser fácil, pois nunca nos faltou qualidade para conseguir isso", valorizou o técnico Mano Menezes.

A longa ausência e a chance de alcançar o único título que o Brasil não possui não intimidam o gaúcho – nem sua equipe. "Não sinto nos jogadores um peso demasiado pela conquista, o que ajuda muito. Seria uma dificuldade desnecessária", afirmou.

Mano e os atletas podem não sentir a obrigação pela medalha – turbinada com os vexames de Espanha e Uruguai, favoritos que caíram na primeira fase. Mas a palavra "pressão" está sempre presente nas declarações.

"É uma pressão grande, uma responsabilidade. Mas estamos lidando bem com isso. Acredito que não vai atrapalhar, temos um time maduro", garante o meia Oscar, um dos destaques da campanha de cinco sucessos em cinco confrontos.

Vitórias, entretanto, sobre oponentes inexpressivos. Na etapa classificatória, o Brasil superou Egito (3 a 2), Bie­­lorrússia (3 a 1) e Nova Zelândia (3 a 0). Nas quartas, foi a vez de Honduras (3 a 2). E ontem, a Coreia do Sul.

Os coreanos credenciaram-se para a semifinal após derrubarem a Grã-Bretanha, dona da casa, nos pênaltis (5 a 4), após o 1 a 1 no tempo regula­­mentar. E por 18 minutos mostraram-se dispostos a demolir outra camisa tradicional.

Criaram três chances seguidas para abrir o placar. Em uma delas, o zagueiro Juan salvou, com o pé alto, o que seria uma cabeçada apenas para cumprimentar para as redes. Até Leandro Damião conseguir um chute cruzado e desafogar o Brasil.

"Não foi nada fácil", analisou o lateral-direito Rafael.

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