Campeã mundial, olímpica e da Liga Mundial, a seleção brasileira masculina está perto de mais um título.

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Numa partida de altíssimo nível técnico, o Brasil derrotou a Itália, por 3 sets a 2, parciais de 32/30, 25/20 e 23/25, 22/25 e 15/13, em 2h11min de jogo neste sábado. Com o resultado, o Brasil lidera a Copa dos Campeões de forma invicta e isolada, com quatro vitórias e oito pontos. Só perde a taça se acontecer uma grande zebra.

A seleção brasileira encerra sua participação na Copa dos Campeões neste domingo, às 4h (de Brasília), contra o Egito, no Metropolitan Gymnasium, com transmissão ao vivo do SporTV. O Brasil só precisa de uma vitória para ser campeão e é franco favorito. Os egípcios fazem sua estréia na competição e só ganharam um jogo até agora, contra a China. A única seleção que pode tirar o título do time de Bernardinho é a dos Estados Unidos, segunda colocada com sete pontos, três vitórias e uma derrota. Os americanos enfrentam justamente os chineses, à 1h (de Brasília) deste domingo.

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O encontro de Brasil e Itália foi o primeiro desde a final das Olimpíadas de Atenas-2004, vencida pelo Brasil. A rivalidade foi exposta logo no primeiro tempo técnico. Com a Itália na frente (8/5), os técnicos Bernardinho e Gianpaolo Montali se estranharam, trocando olhares e algumas palavras. Os brasileiros reagiram quando André Nascimento foi para o saque: saíram quatro pontos seguidos da seleção, que virou para 14/12. No entanto, dois bloqueios seguidos, de Tencati e Cernic, sobre Giba, puseram a Itália na frente: 23/20. O Brasil, porém, reagiu de novo. O bloqueio passou a funcionar, com Rodrigão e André Nascimento, e, com o levantador Ricardinho explorando bem as bolas chutadas na ponta, a seleção fechou num ataque em diagonal de André Nascimento.

Lançando mão de seus atacantes mais consagrados, Cisolla e Fei, a Itália começou melhor o segundo set e abriu 7/4. O Brasil logo virou o jogo, mas uma largada mal-sucedida de Ezinho deixou o placar em 9/9. Seria, porém, a última igualdade no set. Para recuperar o moral de seu atacante, o levantador Ricardinho serviu duas bolas para Ezinho virar e a seleção brasileira rapidamente abriu 13/9. A vantagem não voltaria a ser inferior a dois pontos. Ricardinho variou bem as jogadas, usando bastante Gustavo pelo meio e André Nascimento, Giba e Ezinho pelas pontas. Num erro de saque de Savani, o Brasil fez 2 a 0 na partida.

Sem poder mais perder um set, o técnico Montali arriscou. Ele, que já tirara Cernic para botar Savani, pôs Lasko no lugar de Fei. Funcionou. Os dois entraram bem e empolgaram os demais jogadores, que passaram a provocar os brasileiros a cada ponto ganho. O Brasil, relaxado, errou três saques consecutivos na reta final da parcial, com Giba, Gustavo e Ricardinho. Assim, não foi possível reagir e, num ataque de Cisolla, os italianos fecharam o set.

Confiantes, os italianos começaram a quarta parcial forçando o saque. Deu certo e a Itália fez 6/3. Só quando Giba foi sacar e também arriscou, o Brasil acordou no jogo e empatou em 6/6. Porém, os brasileiros voltaram a errar muito e nem a sorte ajudou. Giba, ao falhar num ataque quando o jogo estava 15/13 para a Itália, sentiu uma torção de tornozelo. O capitão brasileiro não saiu do jogo, mas nem ele nem ninguém pôde conter os ataques de Cisolla e Lasko, que numa diagonal empatou o jogo.

Na volta para o quinto set, os sorrisos italianos constrastavam com os semblantes fechados no lado brasileiro. Mas tudo mudou quando Serginho fez uma defesa espetacular num ataque de Lasko. No contra-ataque, Giba virou e o Brasil fez 2/0. Num par de bloqueios de Gustavo sobre Cisolla e Lasko, a seleção brasileira abriu 6/3. Mas Lasko, então, acertou três ataques seguidos, empatando o jogo. A Itália cresceu e tomou a frente no placar: 10/8. Só que, quando o placar apontava 11/10 para os italianos, Ricardinho foi para o saque, o Brasil fez três pontos consecutivos e não olhou mais para o retrovisor. Num ataque de André Nascimento, o maior pontuador da partida, com 24, a seleção fechou o jogo e deixou os italianos sem o gostinho da revanche.

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