Mudança na gestão do futebol tira Carlinhos Neves do Furacão
Discordância em relação à forma com que o departamento de futebol vem sendo administrado após a troca de Valmor Zimmermann por Alfredo Ibiapina. Esse foi o motivo que levou o Carlinhos Neves a deixar a coordenação da preparação física do Atlético, conforme antecipou a coluna Intervalo no domingo. Neves irá se dedicar exclusivamente ao trabalho na seleção brasileira.
A reunião do Conselho Deliberativo do Atlético, hoje, a partir das 18h30, na Arena, irá encaminhar uma solução para a ampliação do estádio rubro-negro visando à Copa de 2014. No encontro, duas correntes diferentes, uma formada pela atual diretoria e a outra com membros da oposição, apresentarão como pretendem concluir o complexo esportivo, cabendo aos conselheiros escolher qual caminho o clube seguirá.
Do atual comando atleticano, ninguém fala oficialmente sobre o assunto. No entanto, a Gazeta do Povo apurou que os contatos com a construtora OAS avançaram na semana passada, com a empresa prontificando-se a investir na obra, seguindo o modelo da Arena das Dunas, em Natal, e do novo estádio do Grêmio na Fonte Nova, em Salvador, a empreiteira tem uma parceria com a Odebrecht.
O problema está na contrapartida. O Atlético está relutante em ceder qualquer receita futura à construtora que não seja ligada ao naming rights (direito de dar nome) do estádio, como era com a empresa Kyocera. A OAS, contudo, quer mais. Tenta incluir um espaço no estádio para ser comercializado (camarotes por exemplo), o terreno onde ficava o antigo colégio Expoente ou até mesmo o patrocínio na camisa. Esse entrave será decidido pelo colegiado.
Do outro lado do round estará a oposição, liderada pelo ex-presidente do clube Mario Celso Petraglia. Na opinião do ex-dirigente, o clube tem de arcar, por meio de empréstimos, com um terço da obra, independentemente do valor final, estimado, sem isenção fiscal em cerca de R$ 220 milhões. Se for respaldado pelos conselheiros, Petraglia promete, entre outras coisas, entregar a obra em um prazo de 12 meses.
No meio da ácida disputa, que envolveu telefonemas, mensagens eletrônicas e panfletagem na derrota do Atlético para o Grêmio por 1 a 0, domingo na Arena, está a comissão interna da Copa 2014, formada por oito conselheiros. Na reunião de hoje o grupo irá apresentar um relatório do que foi feito pela atual diretoria até o momento em relação ao evento Fifa. "Será absolutamente independente. Não é um conselho chapa-branca", avisou o Antônio Carlos Bettega, integrante da comissão.
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