Candidatos da eleição atleticana terão de ter ficha limpa

Os candidatos a participarem da diretoria do Atlético a partir de 2012 terão de provar que possuem ficha limpa na Justiça. A exigência já estava no estatuto do clube desde 2008, mas não foi cobrada nas últimas eleições. Neste ano, o pleito à presidência rubro-negra ocorrerá no dia 15 de dezembro.

Segundo o artigo 76 do estatuto do Furacão, além de inúmeras exigências como não ser advogado em processo contra o clube e ter mais de cinco anos de vida associativa ininterrupta, chama a atenção a burocracia para os candidatos ao Conselho Administrativo. Todos terão de apresentar certidões negativas de ações cíveis e criminais na Justiça Comum Estadual e Federal, bem como certidão negativa de protesto de títulos na comarca de Curitiba e na comarca em que o candidato residir.

A Junta Eleitoral atleticana vai se reunir quarta-feira (23) para discutir as exigências do pleito. Entretanto, enfatiza João Luiz Rego Barros, anunciado nesta segunda-feira (21) o presidente da Junta Eleitoral, os documentos comprovando nenhuma pendência com a Justiça será exigida, já que também é uma exigência da Lei Pelé.

"Queremos manter o pleito equilibrado, sem postura parcial de um lado ou de outro", garante Rego Barros.

Para o atual presidente do Conselho Deliberativo, Gláucio Geara, nas outras eleições atleticanas o assunto passou despercebido. "Desta vez não vai passar. Vamos ter a eleição da ficha limpa", afirma, negando que se queira prejudicar uma ou outra chapa. "Os dois lados tem de apresentar os documentos", argumenta.

O candidato da situação, Diogo Fadel Braz, atual vice-presidente, conta que em 2008 a chapa do presidente Marcos Malucelli já havia relacionado os documentos. "Isso é um pré-requisito. Mesmo que não fosse exigido, nós iríamos apresentar", conta.

Procurado pela reportagem, Mario Celso Petraglia, ex-presidente e pré-candidato pela oposição, disse que a entrevista deveria ser solicitada à sua assessoria de imprensa, que explicou que ele não dará entrevistas sobre política até o fim do Campeonato Brasileiro para não atrapalhar o momento do futebol.