Antes do Super Bowl 50, todas as estatísticas apontavam para uma vitória do Carolina Panthers, muito provavelmente, com o quarterback Cam Newton, 26, deixando o campo do Levi’s Stadium, em Santa Clara, nos Estados Unidos, como o melhor da partida. Quem apostava no Denver Broncos, imaginava que caberia a Peyton Manning, 39, o papel de herói.
Mas, na noite que ficará marcada pela terceira conquista de Super Bowl do Denver Broncos (1998, 1999 e 2016), as defesas brilharam. E o linebacker (defensor) Von Miller foi o melhor da final, vencida pela equipe de Colorado por 24 a 10. Já Newton, o melhor jogador da liga nesta temporada, deixou o campo como grande vilão do jogo, pois teve dois fumbles (perda de posse de bola), um a quatro minutos do fim, forçado por Miller.
A verdade é que nem o veterano Manning, tampouco o jovem craque Newton conseguiram mostrar seus jogos. A vantagem dos Broncos é que eles dependiam menos do seu criador de jogadas do que os Panthers.
Com Newton pressionado, cometendo erros raros, no jogo mais importante de sua curta carreira, o time da Carolina do Norte ficou travado. E se brilhava pouco, Manning ao menos errava mais discretamente e com menor impacto para o resultado de seu time.
A vantagem de nove pontos (16 a 7) conquistada pelos Broncos no primeiro tempo se arrastou até o último quarto de jogo, no ritmo quase modorrento do jogo ditado por Manning. O veterano ainda perderia a bola no início do tempo final de jogo. Mas foi seu último erro -talvez da carreira. Manning ainda não anunciou sua decisão, mas a tendência é que ele se aposente com um Super Bowl, seu segundo na carreira.
O estádio já estava quase silencioso quando Anderson marcou o touchdown que assegurou a vitória dos Broncos, a quatro minutos do fim de jogo.
A festa dos torcedores do time de Denver foi discreta. Talvez em respeito aos torcedores dos Panthers, franquia de 21 anos de idade apenas, que pareciam conformados e cientes de que seu time ainda pode lhes dar muitas alegrias. Especialmente se Newton, com mais experiência, souber ser não apenas um gênio, mas também um líder para sua equipe no futuro.
Show
A chegada dos torcedores ao Levi’s Stadium para o Super Bowl 50 foi tranquila. O clima pré-jogo era completamente amistoso. Torcedores dos finalistas andavam lado a lado sem qualquer tipo de provocação.
Camisas de todas as outras 30 franquias, em especial as dos donos da casa, o San Francisco 49ers, também apareciam em abundância.
Para o público do Brasil, onde mesmo dentro dos estádios tapumes de ferro são colocados para que os torcedores nem mesmo se olhem, a situação é surreal.
A estrutura do estádio privilegia os esportes favoritos do público ianque: futebol americano, comer e gastar dinheiro, não necessariamente nesta ordem.
Lojas e quiosques de comidas de todos os tipos estão à disposição a cada dez metros, dentro e fora. Inclusive de bebidas alcoólicas.
O Super Bowl, acima de tudo, é festa para toda a família. Há brincadeiras para crianças, com brindes e lojas na saída. Há até espaço demarcado para os torcedores fazerem churrasco antes do jogo.
O show do intervalo, com Beyoncé, Coldplay e Bruno Mars, desse modo, parecia estar em seu habitat natural. O Super Bowl é um evento fadado, mesmo que não houvesse um espetáculo musical, a ser um espetáculo de entretenimento.
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