Com pelo menos duas manifestações previstas para domingo (30), a Polícia Militar do Rio de Janeiro enumerou nessa quinta-feira o já esperado incremento de segurança para a final da Copa das Confederações. A preocupação é reforçada pelo jogo em si e pelos atos de vandalismo que têm se misturado aos protestos pelo país e também por onde passa a seleção.
O pior episódio ocorreu na quinta-feira, em Belo Horizonte, onde o Brasil sacramentou a vaga na decisão ao vencer o Uruguai. Um estudante morreu ao cair de um viaduto, 15 pessoas ficaram feridas, mais de 100 foram encaminhadas às delegacias da capital mineira e muitos estragos foram registrados com várias lojas depredadas, saqueadas e incendiadas.
Ontem, a delegação nacional chegou ao Rio no mesmo horário em que manifestantes se reuniam na região da Candelária, para uma grande passeata que percorreu as principais ruas do centro carioca. Movimentação acompanhada de perto pela polícia, com reforço de pelo menos 500 integrantes do Batalhão de Choque, também recrutados para a final.
No domingo, 2.500 PMs farão o patrulhamento no entorno do Maracanã. Agentes de sete Comandos de Policiamento e da Polícia Nacional ajudarão a compor o contingente. Haverá monitoramento dos pontos mais movimentados, enviando imagens para a cúpula da Segurança.
Patrulhas, escudos, carros blindados e armamento não letal recebidos nesta semana pela polícia devem estrear para dar suporte ao esquema tático. Um helicóptero fará patrulhamento aéreo.
A prefeitura comunicou ontem que fechará todo o entorno do estádio às 14 horas. Este também será o horário da abertura dos portões, pois antes do duelo, marcado para 19 horas, está programada a cerimônia de encerramento, que deve atrair muitas autoridades e personalidades.
"Claro que pela dimensão da final a questão da segurança vai exigir muito mais atenção, até pela situação especial que estamos vivendo", adiantou nesta semana o diretor de comunicação do Comitê Organizador Local (COL), Saint-Clair Milesi. "Teremos um público maior de VIPs e VVIPs", reforçou.
Por isso o COL decidiu turbinar também a segurança privada do maior estádio da competição. Nas últimas duas partidas realizadas no Maracanã, foram 1.050 profissionais. Domingo serão 1.300 seguranças, os chamados stewards, responsáveis por conter os torcedores e resolver conflitos. Assim, no total serão 3.800 homens mobilizados para evitar conflitos dentro e fora do estádio.
Com Marina Silva isolada, agenda ambiental de Lula patina antes da COP-30
Paraná e São Paulo lançam alternativas ao Plano Safra para financiamento do agronegócio
De Silveira a presos do 8/1: sete omissões da pasta de Direitos Humanos de Lula
Dino vira peça-chave para o governo em menos de um ano no STF