O pódio dos 100 m livre sem a presença do brasileiro Cesar Cielo foi cena rara nos últimos três anos. Fato que ontem voltou a ocorrer. O campeão e recordista mundial da prova terminou na quarta colocação em Xangai, a 0s01 da medalha.
Cielo marcou 48s01, seu melhor tempo na temporada, mas não foi suficiente. Terminou atrás do francês William Meynard. O ouro ficou com o australiano James Magnussen, e a prata, com o canadense Brent Hayden.
O brasileiro foi bem agressivo na decisão: saiu na frente e impôs ritmo forte. Era sua estratégia em uma disputa na qual não tem se sentido confortável. Liderou até os últimos 15 metros. Mas não deu. "Acho que foi uma boa prova para mim, mas o pessoal está nadando melhor."
Hoje, às 22 horas (de Brasília), Cielo inicia a jornada em sua prova favorita, os 50 m livre. Ele já tem um ouro no Mundial de Xangai, nos 50 m borboleta.
O brasileiro não ficava fora do pódio dos 100 m livre desde o Open de Paris, em meados de 2010. Naquela competição, ficou em quinto. Nos últimos dois eventos de primeira linha da natação, havia conquistado uma medalha. Foi bronze nos Jogos de Pequim-2008 e ouro no Mundial de Roma-2009, com maiôs tecnológicos. Na Itália, também quebrou o recorde mundial da prova.
Apesar do tropeço, Cielo deixou a piscina satisfeito. "Estou bem satisfeito, sim. Acho que mais com a atitude que eu tive em direção a ter uma boa performance, coragem e confiança", disse ele, que teve encerrado seu polêmico caso de doping, no qual recebeu somente uma advertência, às vésperas do Mundial.
Thiago Pereira, outro brasileiro a disputar uma final ontem, também ficou no quase. Ele estava em terceiro até a virada dos últimos 50 m, mas foi superado. Marcou 1min59s, acabou em sexto e passou mal após a prova. Com dores de cabeça, nas pernas e nas costas, vomitou e precisou de um médico. Ele pode desistir dos 400 m medley, amanhã.
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