Evitar o rebaixamento para a Série B do Brasileirão já foi muito mais complicado do que é atualmente para o Atlético Paranaense. Contudo, as dificuldades não devem e não estão sendo subestimadas - pelo menos no discurso - por ninguém no clube. Se por um lado o Furacão pode ficar na 1ª divisão mesmo se perder os dois próximos jogos (para que isso aconteça Vasco, Portuguesa e Figueirense não podem vencer seus dois compromissos restantes), por outro pode se complicar se for derrotado pelo Náutico no, domingo (30), às 17h, no Estádio dos Aflitos.
Tirando a pressão de enfrentar um adversário direto na luta para escapar da degola, o Atlético se prepara para a partida. Sem novos problemas de contusões e suspensões, Geninho poderá repetir a mesma escalação no Atlético pela quarta vez seguida. "Vamos trabalhar durante a semana e, também acompanhar as notícias do adversário, para depois definir a equipe. Mas, basicamente, vamos manter aqueles jogadores que estão jogando", disse o treinador, ao site do clube.
O estádio dos Aflitos tem sido palco de várias polêmicas. A primeira envolvendo o zagueiro André Luiz, do Botafogo, que recebeu voz de prisão após confusão no gramado. A segunda com o time do Vitória, que alegou ser mal tratado no local, acusando, inclusive, o Náutico de ter pedido para a Polícia Militar local usar gás de pimenta contra os seus jogadores.
"Estamos conscientes que será um jogo difícil, mas não acho que vamos enfrentar um ambiente hostil. Joguei várias vezes contra o Náutico e nunca tive problemas nos Aflitos, disputando inclusive clássico com o Sport. O torcedor incentiva muito e isso, sem dúvidas, vamos ter que enfrentar", comentou o treinador atleticano.
Geninho sabe que encontrará pressão em Recife. Para tentar amenizar as diferenças de se jogar em casa e no campo adversário, o comandante atleticano decidiu até fazer mudanças nos treinamentos. "O gramado dos Aflitos tem um grama diferente da que sempre treinamos. E temos aqui no CT um campo com a grama semelhante. Então durante essa semana vamos treinar neste campo, que tem a grama parecida", disse. Além disso, os trabalhos foram antecipados em uma hora para que o time se adequasse ao horário local (que não faz parte do horário de verão).
Jogando em casa o Náutico tem se mostrado um adversário complicado Geninho sabe disso, mas espera contornar o problema. "Temos que respeitar o nosso adversário, não apenas pelo o que fez contra o Cruzeiro (venceu por 5 a 2), mas pelo retrospecto que tem em casa. Eu enfrentei o Náutico nos Aflitos e sei como é difícil vencer lá".
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