Reforço
Pierre descarta o Furacão
O volante palmeirense Pierre não virá para o Furacão. Dirigentes atleticanos estiveram ontem em São Paulo para tentar a contratação do ex-jogador paranista, mas receberam uma negativa do próprio atleta, como contou o diretor de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo.
"Eles conversaram com o jogador e ele disse que prefere permanecer aqui", garantiu o dirigente alviverde. "O Pierre é um ídolo da torcida e pela recente contusão ele sabe que é devedor do Palmeiras. O jogador optou por ficar para voltar a demonstrar todo o futebol que possui", completou Frizzo.
O dirigente palmeirense também ofereceu alguns atletas aos atleticanos e recebeu como resposta que as opções citadas serão discutidas com a comissão técnica do Furacão. Nenhum dirigente rubro-negro foi encontrado para comentar a negociação.
Assim o Atlético segue na busca por reforços. Especula-se que a próxima investida será no lateral-direito Rômulo, do Cruzeiro. (RM)
Kerlon admite excesso na sua volta
Fora dos gramados há quase 20 dias, desde o último clássico Paratiba, o meia-atacante Kerlon, do Paraná, admite que exigiu mais do que sua condição física permitia durante seus primeiros jogos com a camisa paranista. Depois de esperar cerca de 45 dias para estrear, o atleta sofreu uma lesão muscular no terceiro jogo dele pelo Tricolor.
"Para todo jogador é muito bom estar jogando, fazendo parte do grupo. Eu tentei jogar mais na base da qualidade e não olhei tanto para o lado físico. Isso acabou me prejudicando", conta Kerlon. "Agora estou fazendo um trabalho de fortalecimento [muscular] para que isso não aconteça mais", completa o jogador.
O meia-atacante deve voltar a realizar trabalhos físicos em campo na próxima semana. A partida de volta dele ao time paranista ainda não está definida. Resta para Kerlon administrar a ansiedade. "Eu até já estou acostumado pelas lesões que tive na carreira. Hoje consigo lidar melhor, sabendo que uma hora vou entrar no time. Claro que você vem assistir um jogo e bate uma ansiedade tremenda, mas tenho que me conter", afirma.
Outros casos
Além de Kerlon, o volante Maycon Freitas e o meia Taianan também estão no departamento médico. Maycon sofreu uma distensão muscular na panturrilha direita e desfalca o Paraná por cerca de 20 dias. Já Taianan deve voltar a trabalhar com bola na semana que vem. (AR)
O estilo moicano de um lado pouco lembra os poucos cabelos que já acusam a experiência do outro. A diferença de idade entre os dois é de quase 20 anos. No entanto, a camisa 10 é a mesma e reflete o papel que eles têm em seus times.
Paulo Baier, no Atlético, e Kelvin, no Paraná, são protagonistas nas equipes do clássico de domingo, na Vila Capanema.Em meio ao momento conturbado dos dois times o Furacão longe do título e o Tricolor lutando para não cair a pressão maior da torcida acaba sobre os ombros dos dois jogadores.
Com 36 anos, Baier está mais acostumado à situação. Afinal, quando Kelvin nasceu, em 1993, o atleticano já estava nos juniores no São Luiz de Ijuí (RS). "Faz tempo (risos). Eu, que vim de família de agricultores, estava trabalhando e tive a oportunidade de fazer um teste no São Luiz. Este foi o meu primeiro ano de juniores", lembrou.
O caçula do Paraná, de 17 anos, está aprendendo a lidar com o novo papel. Kelvin admite que a pressão aumentou desde que estreou com status de futuro craque na Série B de 2010, mas evita justificativas para fugir da responsabilidade. "Isso [a pouca idade] não pode ser desculpa. Tenho de entrar em campo e jogar sempre de igual para igual com os adversários, independente da idade que tenham", afirmou.
Apesar das críticas ao jovem paranista após as recentes atuações discretas, o técnico Ricardo Pinto continua confiante no jogador. "Tenho certeza absoluta que ele tem condição de superar o momento de dificuldade", ameniza o treinador. "Acredito muito nele e todas as vezes que tiver saúde para atuar, o Kelvin vai jogar", emenda.
A confiança do maestro Paulo Baier no Atlético também parece inabalável. O próprio Geninho reconhece o valor do adversário, mas aposta mais no seu comandante em campo. "Reconheço no Kelvin um jogador que pode ter um futuro muito grande. Os dois têm características completamente diferentes. O Baier é mais de armação, de toque, o Kelvin é mais rápido, dribla mais e é mais incisivo. Os dois são grandes jogadores, mas claro que eu torço pelo Baier ".
Para o jovem, o clássico representa uma das últimas chances de ajudar sua equipe no Paranaense. Depois do duelo, o jogador se apresenta à seleção sub-19 que disputa um torneio na Espanha e deve retornar ao clube somente para a última rodada do Estadual.
Já Paulo Baier sabe bem a importância da sua experiência em mais um confronto. "A rapaziada tem uma confiança muito grande em mim. Acho que a minha presença em campo passa isto. Há também a tranquilidade nos momentos difíceis para manter a posse de bola e em um lance individual criar ou definir uma jogada e decidir em uma bola parada. Isso ajuda bastante", opinou o maestro.
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