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O confronto entre atleticanos e vascaínos deixou o jogo parado por mais de uma hora. | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O confronto entre atleticanos e vascaínos deixou o jogo parado por mais de uma hora.| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Lista

Dezoito torcedores atleticanos estiveram envolvidos com a selvageria em Joinville. Veja o que aconteceu com eles:

Tiveram o processo suspenso

- Agnaldo da Silva Reis

- Rafael Enrique Marçal

- Luiz Felipe MenegattiPereira

- Rodrigo Augusto da Silva

- Gabriel Almeida Ziemer

- Thiago Paese Weber

- Daniel Gomes

- Jorge Luiz de Oliveira Júnior

- Juliano Borghetti

- Guilherme dos Santos Bundim

- Márcio José Pondelek

- Thiago Cardozo Salvadori

- Willian Batista da Silva

- Diony Eduardo Carneiro Milleo

- Ricardo Henk

Não aceitaram a proposta de suspensão

- Stevan Vieira da Silva

- Salatiel Dias Lima

Não pode ter o processo suspenso por ter antecedentes criminais

Leonardo Rodrigo Borges

O jogo entre Atlético e Paraná, neste domingo (8), na Arena da Baixada, abre uma contagem de dois anos para a extinção do processo contra 15 dos 18 torcedores rubro-negros envolvidos na Batalha de Joinville. É o período pelo qual eles terão de cumprir cinco obrigações impostas pela Justiça em troca de paralisar o processo criminal pelo confronto com torcedores do Vasco, no Brasileiro de 2013. Entre os beneficiados está o ex-vereador Juliano Borghetti.

Todos aceitaram proposta do Ministério Público de Santa Catarina. Pelos próximos dois anos, eles estão proibidos de frequentar praças esportivas; devem se apresentar uma vez por mês no fórum de Justiça da cidade onde residem; não podem se ausentar da sua cidade por mais de 15 dias sem autorização judicial; não podem mudar de endereço sem aviso prévio e devem pagar as custas processuais. Caso não cumpram o acordo ou deixem de ser réu primário nesse período, o processo é reaberto. Se andarem na linha, será extinto.

A sugestão do MP-SC ocorreu após 18 rubro-negros e seis vascaínos indiciados terem as acusações de formação de quadrilha e dano ao patrimônio público retiradas pela procuradoria. A primeira exigiria uma organização prévia que não foi comprovada. A segunda esvaziou-se pois não houve identificação dos responsáveis. Restou "promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos", delito que tem pena prevista de prisão de um a dois anos e multa.

Por já ter sido investigado por porte de drogas e munição encontrados na sua casa, Leonardo Rodrigo Borges, o Baiano, não teve esse direito. Quem também segue respondendo o processo, mas porque não aceitou a proposta do Ministério Público, são Salatiel Dias Lima e Stevan Vieira.

Stevan é o torcedor retirado de maca da arquibancada, só de cuecas, como se estivesse crucificado. Ele foi orientado pelo advogado a recusar o acordo. "Ele não vai ser condenado, é uma vítima. Essa condição de permanecer mais dois anos sem ir ao jogo de futebol é mais prejudicial do que a condenação", diz o advogado Paolo Farris.

O advogado acredita que qualquer pena, por ser menor de quatro anos, será revertida em serviço comunitário: "Ele já ficou 70 dias preso e não pode frequentar os jogos há um ano. Mais dois anos longe é uma penalidade absurda."

Farris confia que ainda vai fazer os 15 atleticanos que aceitaram a proposta do MP se arrependerem. "Eles estão longe do estádio por causa de uma medida cautelar, resultado da acusação antiga de todos aqueles crimes e agora mudou. Em 30 dias o meu cliente vai estar frequentando o estádio", aposta.

Mesmo para os 15 é possível o acesso – ainda que clandestino – ao estádio. A polícia admite a dificuldade de controlar se eles cumprirão a pena. "Nós estamos conversando com o Ministério Público e os clubes para resolver essa situação. Em outros países há equipamentos de reconhecimento facial, mas ainda não temos essa tecnologia", explicou Marcos Bialli, superintendente da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos, a Demafe.

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