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O procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmidt, declarou na manhã desta terça-feira, dia 7, que o Figueirense corre o risco de perder até 24 pontos no Brasileirão 2006 se for comprovada a participação do clube no caso de adulteração da idade do volante Carlos Alberto.

Reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" revela que o jogador nasceu em 24 de janeiro de 1978, mas utiliza documentação com a data de 24 de janeiro de 1983 (cinco anos depois).

- É preciso confirmar esta informação e a procuradoria deve requerer a instauração de inquérito para investigar. Ainda é precipitado emitir um juízo de valor, mas não é absurdo falar em perda de pontos por parte do clube, uma vez que os registros na CBF estariam adulterados - diz o procurador.

Se comprovada a irregularidade, Carlos Alberto estaria incurso no artigo 234 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê pena de 180 a 720 dias de suspensão. Já o Figueira, segundo Paulo Schmidt, poderia ser enquadrado no artigo 214, por colocar em campo um atleta irregular.

- É óbvio que, em sua defesa, o clube deve adotar todas as providências para se escusar do fato pelo desconhecimento - admite o procurador.

É exatamente a linha de defesa da diretoria do clube, que afastou o jogador do elenco preventivamente nesta terça.

- Para registrar o jogador, utilizamos os documentos que nos foram apresentados - diz o vice-presidente jurídico, João Batista Baby, em coletiva nesta manhã no Orlando Scarpelli.

- O Carlos Alberto não foi formado no Figueirense. Ele começou a carreira no Caxias de Joinville e já participou de seleções de base. Quando ele chegou aqui, a sua documentação já estava na CBF. Não cabe a nós verificar a veracidade de todos os documentos que chegam ao clube - alega o dirigente.

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