De líder tranquilo por um precioso tempo agora o Cori­­tiba está na porta de saída do G4. Um único ponto à frente da Ponte Preta. Si­­tua­­ção de perigo à vista. Como explicar tamanha decadência? Dizer que o time jogou pouco e consequentemente foi perdendo posições é muito simplista. Para aprofundar a análise é necessário penetrar no íntimo do Cori­­tiba. Jogar em Joinville não é explicação. É um fato consumado desde o começo do campeonato.

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Salários em dia? Dizem os dirigentes que sim, mas, há quem afirme que os direitos de imagem não estão sendo respeitados. Muita festa fora do campo, noitadas que prejudicam o rendimento físico da equipe? É uma hipótese levantada por torcedores que escrevem ao colunista e fazem a denúncia. Como a coluna não conta com investigadores da vida privada das pessoas, felizmente, recebo a informação com reserva, sem rejeitá-la sumariamente.

Como ninguém esquece de jogar futebol alguma coisa deve estar acontecendo e que o grande público não tem conhecimento. Ney Franco já virou e revirou a formação da equipe. Nada dá certo. Pes­­soalmente entendo que a festa coritibana começou muito cedo. "Já estamos na Primeira Divisão" disseram com insistência muitos torcedores. Fiz parte do grupo que viu no Coritiba um potencial retornado à Série A, mesmo sabendo que o imprevisível faz parte da doutrina do futebol. Voltar à Primeira Divisão é um objetivo dos paranaenses, incluídos coritibanos e paranistas.

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O Paraná conseguiu es­­tancar a sangria causada por tantas derrotas consecutivas e com a vitória suada de sábado à noite está no meio da classificação. Melhorando pode se incluir no elenco dos que sonham com o G4. Não consolidando a reabilitação será difícil reverter a possibilidade de mergulhar no grupo dos rebaixados.

Tudo depende do andar da carruagem e do empenho dos jogadores. Superação é a palavra de ordem no Paraná. Lamentável a atitude dos jovens Elvis e Vi­­nícius afastados do elenco de profissionais por ausência de responsabilidade. Jogadores promissores e sem consciência do papel de conduta profissional.

Atlético empata

Encontrou dificuldades para superar o Grêmio. Perdeu o bonde da história no primeiro tempo. Fez o gol em jogada bem tramada por Paulo Baier e Maikon, com conclusão caprichada do avante e ficou amarrado no segundo tempo. Quando o técnico do Grêmio colocou o Gílson (ex-Paraná) para ser armador fiquei desconfiado que não daria certo. E não deu. Renato mexeu no intervalo e o Rubro Negro ficou refém da marcação gaúcha. Bruno Mineiro continua não produzindo o esperado e Guerrón ainda não justificou a contratação.

Problema social

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A matéria do companheiro Marcos Xavier Vicente na edição de ontem é oportuna. Trata das desapropriações de imóveis residenciais e comerciais no entorno da Arena. Devo lembrar que quando ainda era o prefeito de Curitiba, perguntei ao prefeito Beto Richa se haveria desapropriação desses imóveis. Afirmativo, Beto disse que não. Beto deixou a prefeitura para ser candidato a governador. Será que as coisas mudaram? Não esqueçamos que não se trata de um negócio imobiliário. A desapropriação pode ser comparada a um ato de força, logo, danosa aos proprietários.

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