Esta é a pergunta que não deixa de ser feita com frequência pelos torcedores coritibanos. Sempre aspiraram à campanha melhor do time neste ano. Mesmo sem ser convincente, foi campeão do Paranaense inferior ao Londrina e equilibrado com o Atlético, inspirador de pouca confiança até em sua própria torcida. Os observadores acreditavam que o Alviverde teria bom desempenho na Copa do Brasil, reeditando campanhas eficazes em decisões contra o Vasco e o Palmeiras. Perdeu ambas.
A preocupação continuou, mas com uma esperança de animação na Copa de 2013. Tudo foi tão conturbado que até o roteiro de jogos sofreu alterações por influência da Justiça Comum, até chegar a batalha contra o frágil Nacional de Manaus. Tomou uma lavada no Amazonas e não conseguiu tirar a diferença de gols no jogo realizado no Estádio Couto Pereira. A desilusão prosseguiu. Eis que surge uma outra esperança, o Campeonato Brasileiro. Ausente do G4, está empenhado em recuperar a confiança pública. Ainda não alcançou o estágio da felicidade, depois de empatar fora de casa contra o Bahia e o Goiás. Sem ganhar nenhum dos dois jogos foi nova decepção.
Hoje recebe o Fluminense, desfalcado do goleiro Diego Cavalieri e do artilheiro Fred, ambos na seleção de Luiz Felipe Socolari. O clube carioca mostrou contra o Atlético, no Rio, que possui um bom time mesmo sem alguns titulares, derrotou o Rubro-Negro que jogou uma boa partida.
Para o jogo desta noite o Tricolor vem diferente. Não está mais focado na Libertadores. Foi eliminado pelo paraguaio Olimpia. Logo, vem com uma equipe mais forte do que a que ganhou do Atlético.
O Coritiba tem, ainda, problemas crônicos. A defesa tem em Vanderlei com apresentações espetaculares um goleiro que também tem contabilizado algumas falhas fatais. A zaga tem sucesso o que não acontece nas laterais. No meio de campo a melhor figura tem sido Junior Urso, tão bem que barrou o futebol de William. Na zona de criatividade quem tem instabilidade é Alex, uma das melhores contratações do futebol brasileiro. Repatriado depois de ganhar até estátua de bronze na Turquia, Alex está sentindo o peso da idade e talvez ausência de companheiro de nível técnico mais elevado. O ataque é o ponto mais fraco do Coritiba. Deivid instável; Arthur e Julio César, fracos. Botinelli, em processo de recuperação, e Lincoln, irregular, são outras dificuldades. Resumo: o Coritiba precisa de superação. A oportunidade é esta noite contra um time de expressão.
Paraná assusta
Foi mal contra o Oeste e o Paysandu. Começou muito bem diante do ABC, não foi eficiente enfrentando o São Caetano e frustrou a torcida nos dois últimos jogos. Resta ao Paraná ganhar os dois jogos seguidos que fará em casa, o primeiro contra o Figueirense um dos quatro melhores da Série B. O Paraná precisa reagir sem medo. E agora sem reclamações do gramado, novinho para ser inaugurado no sábado.