Mais uma vez o futebol paranaense foi prejudicado por arbitragem tendenciosa, incapaz e brutalmente omissa. O Coritiba não perdeu do Bahia porque foi exemplar, no jogo e na conduta, na esportividade e na determinação. Se dependesse do juiz do Espírito Santo, teria voltado derrotado e sem ser o líder da Série B.
Foi um time sob medida. Jogou como um gigante, não se deixou envolver pelo clima tenso criado pela péssima arbitragem. Foram dois lances trágicos, ambos em benefício do Bahia. Começo pela fratura da perna esquerda de Triguinho. O goleiro baiano deveria ter sido expulso pelo maldoso movimento contra o coritibano.
Triguinho já estava marcado pelas costas por um adversário e sofreu um carrinho frontal de Fernando, o goleiro do Bahia. A bola já tinha sido desviada e quando Fernando projetou o seu corpo sobre Triguinho foi para atingir o adversário. Goleiro joga com as mãos. Se o objetivo era pegar a bola, as mãos seriam adequadas e não o revoltante "carrinho" como escolheu o jogador do Bahia.
O juiz deveria ter expulsado imediatamente o goleiro e marcado pênalti para o Coritiba. Não fez nada. Triguinho fraturou os dois ossos da perna esquerda. E o apito malandro do árbitro ficou silencioso, despudorado, cúmplice de grave agressão. Não aceito a tese de casualidade. A configuração da jogada mostra exatamente o contrário.
O outro lance maroto foi o pênalti marcado contra o Coritiba. Um escandaloso erro do fracassado juiz. A justiça foi feita com o chute errado do atacante Jael, com certeza envergonhado pela marcação da penalidade inexistente. Méritos para o técnico Ney Franco, que soube transmitir tranquilidade aos seus jogadores. Não estimulou a violência, mudou o plano tático, colocou o atacante Bill e viu o jogo terminar empatado já no tempo de recuperação, com gol feito exatamente pelo jogador que o técnico escolheu para tentar o gol da liderança.
O Coritiba perdia por 1 a 0. Foi uma grande equipe, recheada de virtudes e com todos os méritos para derrotar os baianos. Agora é esperar pelo Ipatinga amanhã à noite. Ganhar e festejar a penosa volta à Série A. Uma conquista que mistura suor, lágrimas, perna fraturada e estupenda dedicação ao propósito maior.
Paraná
Mais uma vez sofreu para permanecer na Série B. Uma diretoria quase sempre errante, jogadores dedicados e treinadores aplicados. Uma torcida machucada e que não tem motivos para cicatrizar as feridas abertas pelos arranhões causados pela crueldade dos despreparados e omissos.
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