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Poderia ser considerado o clássico do século, mas é muito pouco para um jogo que vai definir a vida futura do Coritiba e do Atlético.

O Alviverde, tenaz e sempre entregando a alma à luta para chegar à Libertadores, derrotou com imenso sacrifício o surpreendente Avaí. Golaço de Jéci e mais uma vez a participação decisiva de Marcelo Oliveira, pela coragem de jogar o time inteiro no ataque, com Maranhão, Geraldo e Bill. O Coritiba foi bravo, mesmo sem fazer uma grande partida. Conseguiu seu objetivo, sem nunca renunciar à determinação.

O Atlético livrou-se do rebaixamento na rodada de ontem, mesmo sendo derrotado pelo América Mineiro. Foi salvo pelo empate entre Ceará e Cruzeiro. E vai decidir sua permanência na Série A no jogo contra o Coritiba, dependendo dos jogos do Cruzeiro e Ceará. Um clima emocionante para a última rodada do Campeonato Brasileiro. Nada como a fórmula de pontos corridos.

A decisão do título fica entre Corínthians e Vasco, folgadamente os melhores do Nacional. O certame termina em estado de graça. É comovente.

Os canibais

Os aventureiros que estão destruindo a vida e a história do Paraná Clube agem como verdadeiros canibais. São devoradores dos feitos gloriosos e autores das tumbas que estão sepultando um legado de vitórias e realizações. Mentalmente cegos ou mal intencionados, não têm competência para perceber os estragos que estão praticando conscientemente, por incapacidade absoluta ou pela prática de atos comuns aos desequilibrados mentais, egoístas por natureza.

Estão asfixiando o Tricolor no cativeiro, chicoteando os fiéis e leais torcedores sem a menor piedade. Sabem que não estão preparados e insistem em ficar para ver se levam o clube ao estado de cadáver. Não há outra explicação para justificar a presença deles sucessivamente. Não existe inferno maior do que fracassar e insistir na conduta derrotista. Os fracassados são os autores do próprio naufrágio, desdenhadores da inteligência humana.

Ao menos tenham um mínimo de humildade e caiam fora, permitindo a reorganização do clube pequeno em que se transformou depois de nascer gigante. A razão não se coaduna com a fraqueza. A história é escrita por gênios. A derrota leva a assinatura dos anões de alma e competência. Pequenos no fazer e medíocres no dizer. É preciso salvar o Paraná Clube dos detratores do sucesso.

Melara, cem anos

Poderia premiar seus cem anos de vida com as grandes alegrias vividas no tempo do Ferroviário, sem sof­­­rer as decepções dos dias atuais. Co­­­­­la­­bo­­rador emérito do futebol, pai e­­­xem­­plar e amigo com um largo sorriso no rosto e na alma, Carlos Melara é me­­recedor de cumprimentos pelo cen­­­tenário de vida e amor aos amigos.

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