A dupla que participa da Série A não está correspondendo. O Atlético não surpreende. Fez um péssimo campeonato estadual, contrata jogadores de capacidade insuficiente, não se satisfaz com os treinadores escolhidos e tem demonstrado total despreparo na condução do departamento de futebol. Correto, como treinador e pessoa, Adilson Batista não suportou tantas decepções e publicamente pediu demissão.

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Elegante, não criticou ninguém, assumiu parte do insucesso, desejou boa sorte ao Rubro-Negro e foi embora, tratar da vida em outras bandas. Não é supérfluo perguntar aos desafetos de Geninho como é que estão se sentindo após tanta derrota no começo da Série A.

É pertinente minha preocupação. Geninho conseguiu 83% de aproveitamento em sua derradeira passagem pelo clube e foi grosseiramente mandado embora, como um malfeitor. Administrou uma crise técnica com sucesso, mas sempre levando bofetões dos insatisfeitos com o seu trabalho.

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O Atlético contratou outro treinador de primeira linha. Esqueceu que técnico não opera milagres. Mudou a estrutura do setor de futebol e amarga o penúltimo lugar da classificação com um pobre empate. Defesa ruim, meio de campo enfraquecido e ataque inexistente. Para complicar, o melhor jogador do time, Paulo Baier, entrou no ritmo negativo e seu futebol está batendo às portas do fim.

O Atlético parece não saber o que finalmente fazer com a provável Co­­pa do Mundo e já enfrenta os horrores eleitorais plantados pela oposição. Até o CT foi invadido por torcedores inconformados, cobrando ati­­tudes e resultados. A torcida está angustiada; a diretoria parece estar desnorteada.

Coritiba

Sem os problemas crônicos do Atlé­­tico, o Coritiba também afundou na ZR. A perda da Copa do Brasil não é justificativa. Relevantes são as au­­sên­­cias de jogadores lesionados. E mais. A queda brutal de produção de Léo Gago, Davi, Bill e Rafinha.

Contra o Cruzeiro, Marcos Aurélio entrou no segundo tempo. Poderia ter sido escalado desde o início. Assim não pensou o técnico. Jo­­gador liberado pelos médicos e que vai pa­­ra o banco de reservas já po­­de jogar, isso é evidente. E, en­­quanto Marcos Aurélio assistia ao jo­­go, Everton Ri­­bei­­ro e Davi apenas cumpriam tarefa no gramado, sem jogar nada. O Coritiba tem dois jogos, os próximos, no Couto. Uma rara oportunidade para mostrar que o prazo de validade do time não venceu.

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Paraná

Com 14 pontos, vai se firman­­do e recobra a confiança do torcedor. Contra o Icasa, o Durival Brit­­to recebeu quase 10 mil torcedores que festejaram outra vitória, merecida e mo­­tivadora. É útil lembrar que o grupo dos que podem chegar ao G4 é denso. O mínimo descuido pode ser fatal. O Tricolor faz bonito e é o melhor dos paranaenses.