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Não foi moleza para o Coritiba alcançar o primeiro lugar do segundo turno do Campeonato Paranaense. Depois de várias apresentações irregulares, a torcida, assim como este colunista, sentiu um profundo desencanto com o desempenho pífio do time orientado por Marcelo Oliveira. A cada jogo, uma tortura. Falhas no meio-de-campo por falta de criatividade. O goleiro Vanderlei errando e expondo a defesa, já comprometida pelas atuações decepcionantes de Pereira. Lesões lotando o departamento médico. E o ataque devendo.

Mesmo com todas as adversidades citadas, o Alviverde subiu à liderança. Os dois gols da vitória contra o Rio Branco foram assinalados pelos zagueiros Émerson e Demerson; nos dois sucessos, os passes foram de Tcheco, disparado o melhor do jogo. Uma liderança não contestada, qualidade de passe de quem é portador de qualidade especial e capacidade de saber se colocar em campo com sabedoria. Tcheco é organizador, marcador e executor de excelência de jogadas de bola parada. A vontade de se aposentar alimentada pelo jogador talvez seja protelada. Junho está aí, é o prazo para arquivar as chuteiras que Tcheco escolheu.

A torcida não aceitará o descanso do vitorioso jogador. Penso que o justo repouso do guerreiro vai ficar para dezembro deste ano. A importância de Tcheco é decisiva, e, sem Rafinha na equipe, é muito maior.

Sustentar a liderança é missão do Coritiba e só dele, sem depender de ninguém. Deixa de interessar, agora, o saldo de gols, critério que deixa o Coritiba envergonhado pelo reduzido desempenho do ataque.

O Londrina perdeu a liderança em casa, surpreendido pelo determinado Toledo. Agora é vice-líder, dois pontos atrás do Alviverde. O Atlético é o terceiro colocado com dezesseis pontos.

Para grandes emoções, o título que o Coritiba busca é certeza de grandes jogos decisivos contra o Atlético. Tudo não passa de raciocínio hipotético do colunista. A realidade pode ser outra. Ainda neste segundo turno, teremos o Atletiba de uma torcida só no Couto Pereira, do mesmo jeito que aconteceu na Vila Capanema, no turno de abertura do campeonato.

70 ANOS

É a idade que completa amanhã o jogador extraclasse, sem exagero de qualquer natureza, Ademir Da Guia, com 901 jogos pela Sociedade Esportiva Palmeiras. Um dos dez jogadores mais importantes da história do Verdão paulista, Da Guia não conseguiu lugar na seleção brasileira com a sua técnica refinada e inteligência conduzida por neurônios em atividade constante. Sua grande decepção foi a ausência da seleção de 1970, tricampeã mundial. Para ser selecionado e ganhar a titularidade precisava estar acima de Gérson e Rivelino, dois craques também especiais com características técnicas diferentes.

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