A vitória de 4 a 1 contra o Arapongas e os demais resultados da rodada consagram o Coritiba como líder absoluto, principalmente por causa do empate do Atlético diante do Cianorte. O Rubro-Negro foi bem no primeiro tempo e abriu uma vantagem justa de dois gols. A saída de Harrison e o deslocamento de Heracles para o meio de campo estragaram o time. Não entendi a substituição do garoto Harrison. O técnico Carrasco desmontou o esquema atleticano e permitiu ao Cianorte uma recuperação aproveitando o erro crasso do treinador uruguaio. Gostaria de uma explicação clara do técnico para a desastrada alteração feita no intervalo. Suponho que a estratégia do comandante do Atlético foi fortalecer a marcação. Deu um tiro no pé. O Cianorte partiu para o ataque e mostrou dois jogadores de qualidade, Paulinho e Marquinhos. O empate ficou bem para os dois. Na classificação o Cianorte ficou em segundo lugar empurrando o Atlético para a terceira posição. No jogo mais difícil para o time da Baixada o técnico Carrasco não passou no teste. A saída de Harrison afundou o Atlético no tempo final. Para completar, Edgard Junio desperdiçou um lance que poderia ser convertido em gol. Fazer o mais simples é sempre mais útil. A lição não foi passada para Junio, que perdeu um gol previsível.
O Coritiba foi envolvente contra o Arapongas do mestre Daryo Pereira, um grande e qualificado ex-quarto-zagueiro do São Paulo. Como técnico busca afirmação. A vitória coritibana foi tranquila com quatro gols, o mais bonito o de Rafinha, em alto estilo. A liderança é justa, natural.
Em fase ascendente quem sobe na classificação é o time presidido por Joel Malucelli, batendo nos dez pontos com a vitória de ontem diante do Paranavaí.
A morte é irreparável
O acidente que tirou a vida de um jovem de carreira promissora depois do jogo Atlético e Roma deve levar os dirigentes do Atlético a uma profunda reflexão. A morte é irreparável, nada servirá de consolo para a família e os amigos que ficaram. Espero que os administradores do Atlético repensem sua posição radical e voltem a conversar com o Coritiba e o Paraná. Tudo amigavelmente, diplomaticamente, como sustenta em mensagem ao colunista o velho amigo e companheiro Luiz Alfredo Malucelli. E lembra o ex-cronista esportivo o que foi feito pelo Coritiba e o extinto Ferroviário para impedir o rebaixamento do Atlético no campeonato estadual de 1967.
Post Scriptum
O presidente da Federação Paranaense de Futebol pensa que gritando feito um desvairado e sem compostura para se comunicar com o grande público vai convencer alguém que está no caminho certo. O plano de ação para garantir a segurança do torcedor é dever da entidade responsável pela organização (!) do campeonato (Art. 17 do Estatuto do Torcedor). Hélio Cury tem muito a aprender, por exemplo, ler e saber interpretar o que diz um texto legal . Justificar atitudes não é vomitar palavras que se confundem com linguagem suburbana. Estudar faz bem.
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