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A rodada começou com o Coritiba na área de rebaixamento depois da humilhação imposta pelo Internacional. Todos gostariam de acompanhar uma grande reabilitação contra o São Paulo. Repercussão nacional. Mas a derrota de Porto Alegre foi lembrada reiteradamente. Semeou pessimismo.

Ao começar o jogo no Alto da Glória deu para perceber um Coritiba diferente, não apenas na escalação. Renovado na determinação e no equilíbrio tático, técnico e emocional. A volta de Douglas Silva foi vitoriosa. O jogador superou a lesão e preparou a cabeça para retornar ao time como titular tranquilo e de grande qualidade. Foi figura importante e com Marcelinho Paraíba (o melhor de todos) e Marcos Aurélio usando o setor esquerdo produziu bastante e foi o diferencial que faltava ao Coritiba.

Acertando a escalação da equipe, com a utilização dos melhores, o Alviverde passou a devolver confiança aos torcedores. Não precisou de muito tempo para provar a superioridade no jogo. Eram só dezenove minutos do primeiro tempo e Marcos Aurélio marcou um golaço "matando" a zaga do São Paulo com o giro do corpo e a velocidade no sentido ofensivo. Categoria que iluminou ainda mais o Coritiba. A marcação exercida sobre o time paulista foi perfeita dando tranqüilidade ao goleiro Vanderlei. Ficou claro que Renê Simões não precisava mexer na equipe no intervalo de jogo. Verdade absoluta. Com menos de dois minutos do segundo tempo o Coritiba ampliou a vantagem no marcador. Lançado na área e de costas para o gol, o argentino Ariel usou a força corporal, deixou André Dias na saudade e de virada, e sem perder tempo, finalizou de forma espetacular. O São Paulo ficou desesperado.

Os ataques foram neutralizados pela marcação de Donizete, Pedro Ken, Jailton, Demerson e Claiton, eficientes o tempo todo. O desequilíbrio do Tricolor atingiu o experiente zagueiro André Dias expulso aos onze minutos ao aplicar perigosa falta – um carrinho – sem necessidade. O São Paulo desmoronou e mostrou impotência para reagir.

Usou seis jogadores que atuaram em Curitiba: André Dias e Borges (Paraná Clube), Miranda e Marlos (Coritiba) e Washington e Dagoberto (Atlético). O melhor de todos o zagueiro Miranda, firme e clássico. Mas foi uma aula do Coritiba. O mais vitorioso clube brasileiro está vivendo uma crise técnica. Hernanes, que chegou a ser apontado como o melhor jogador em atividade no país, despencou de forma assustadora e com ele caiu o time todo. Ao Coritiba cabe manter e dar continuidade ao futebol de ontem. Ser constante é um salto de qualidade para ganhar melhores posições.

O Atlético foi goleado pelo Grêmio. O Paranáperdeu da Portuguesa. Pecadores, os dois times angustiam suas torcidas. São candidatos ao sofrimento de cura difícil. Impossível? Ainda não.

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