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É doloroso chegar ao final de mais uma temporada do futebol brasileiro e constatar que Paraná, Coritiba e Atlético não evoluíram um milímetro na escala de valores técnicos e organizacionais.

Começo pelo Paraná, que se afunda na Série B e não conseguiu assimilar nenhuma lição das muitas impostas já no ano passado. Cometeu os mesmos erros e, para fugir deles, acaba criando uma situação de semelhança interessante. No ano que passou foi salvo pelo trabalho final do técnico Pau­­lo Comelli, evitando a queda para a Série C. Neste 2009 ocorre a mesma coisa. Mas o salvador da pátria atende pelo nome de Ro­­berto Cavalo.

Comelli foi endeusado, renovou contrato e recebeu superpoderes da diretoria. Foi um fracasso total e ganhou o caminho da rua, liderando um grupo de jogadores fracos contratados por indicação dele, com anuência pecaminosa da diretoria paranista. Agora, também endeusado, Roberto Cavalo pode permanecer para 2010. Espero que não repita a desagradável experiência do antecessor.

O Coritiba sobrevive pelo im­­pacto da contratação de Marceli­­nho Paraíba. Único jogador que atuou defendendo o futebol paranaense a merecer a homenagem de ser indicado para a seleção dos melhores deste Brasileiro. Mos­­trou crescimento no returno, mas insuficiente para respirar aliviado nesta fase. Está na bacia das almas. Excluindo o excesso de convencimento, Ney Franco realizou um bom trabalho. Tem mais dois jo­­gos para conseguir o objetivo de não permitir o rebaixamento para a Série B.

O Atlético está na mesma batida do rival. Foi candidato, sempre, ao castigo do descenso. Experimen­­tou uma gostosa sensação de melhora depois da contratação de Antônio Lopes. Tudo muito efêmero e já voltou aos patamares das sérias preocupações.

O futuro de Atlético e Coritiba será desenhado no final de semana, na Baixada e em Belo Hori­­zon­­te. As duas torcidas estão temerosas e cheias de medo, com justa razão.

O Paraná Clube fecha o novo ciclo da Série B jogando amanhã e sob o abalo de ameaça de greve dos jogadores, que reclamam a atualização dos salários e direitos de imagem. Uma situação desconfortável.

O dossiê Dotti

Recebo do querido amigo, jurista René Dotti, um documento para a memória do futebol do Pa­­raná de todos os tempos. Foi do mestre do direito a defesa ju­­rídica da mudança de nome do estádio do Coritiba. Enfrentou com a garra e a inequívoca capacidade profissional a homenagem a Couto Pereira, um dos mais importantes presidentes do Coritiba. Agradeço o exemplar que recebi nesta semana do professor René Dotti, personalidade singular do direito brasileiro.

Quase só jornal

É o título do livro que será lançado amanhã pelo jornalista Ayrton Baptista no Espaço Cultural BRDE. Um dos mestres da profissão, presidiu a Fede­­ração Nacional dos Jornalistas, consagrou-se no velho e tradicional Diário do Paraná e brilhou no Jornal do Brasil, editado no Rio. Meus cumprimentos ao estimado companheiro.

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