O presidente do Atlético prima pelo comportamento ético recomendável a to­­dos os cidadãos, independentemente do que façam na vida profissional e social. Está comendo o pão que o diabo amassou, ainda assim, assume, sozinho, a culpa pelo fracasso vigente na Baixada.

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Não divide a responsabilidade com qualquer auxiliar de diretoria. Até os jogadores contratados equivocadamente fi­­cam livres das censuras. Certo, Malucelli. Esses jogadores não se ofereceram para trabalhar no Rubro-Negro. Foram recomendados e o clube os aceitou para sem muito tempo de espera serem mandados embora.

Para o correto desportista a culpa é de quem contrata e não do contratado. O que te­­ria faltado? Na opinião do colunista a presença competente de responsáveis pelo futebol, apesar da experiência de pessoas que já ofereceram grande contribuição ao Atlético, como Valmor Zimer­­mann, campeão brasileiro de 2001.

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Todos estamos sujeitos a errar, mesmo com o desejo ardente de acertar. Com dignidade, Mar­­cos Malucelli errou e decide dirigir o futebol a partir de agora. Aconte­ceu assim em 2008, quando operava como diretor jurídico do Atlé­tico e, diante da deserção do ex-presidente, resolveu trocar de fun­ção e ser o presidente de fato e di­­re­­tor de futebol de direito. Foi premiado pelos anjos que o guardam e livrou o clube do re­­baixamento.

Responsável e determinado, não se entregou, como também não negociou posições em sua gestão interina. Conten­­tou-se em ser ético, torcedor e di­­retor determinado. Não é sempre que a vida contempla os homens com o reconhecimento justo.

Seu trabalho valeu uma eleição para a presidência do Atlético. Não esperava ser maltratado pelo dirigente que substituiu pelo ideal de servir o clube do coração. Hoje, está praticamente sozinho. Os me­drosos saíram de cena. Se recolheram ao âmbito dos seus interesses individuais. É a crueldade da vida. Os fugitivos faltaram ao Atlético e não apenas a Marcos Malucelli.

Que os mesmos anjos da guarda de 2008 protejam Malucelli e façam do Atlético um brioso time de futebol integrado por jogadores valentes e dignos da presidência que os dirige.

Post scriptum

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Em nome do Atlético e de Mário Celso Petraglia, eu e a Rádio Tran­­sa­­mérica fomos processados pelo advogado Marcos Malucelli. Ao contrário dos mesquinhos e raivosos, jamais voltamos nossa artilharia contra o profissional do Direito. Sempre fizemos o que pre­­gamos: justiça e não ter medo da liberdade de dizer o que é certo, como ensinam o jurista René Dotti e seu discípulo Julio Brotto. A vida nos premiou com a coragem para dizer a verdade.