Duas virtudes simples e proveitosas para conclusões favoráveis em caso de dificuldades para alcançar um bom resultado entre partes conflitantes. Os leitores desta coluna já devem imaginar que estou escrevendo sobre o entendimento entre Paraná e Atlético para a cessão da Vila Olímpica como hospedeira do clássico Atletiba.

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Reconheço que fiquei preocupado com o risco de realização do esperado jogo longe da sede dos dois tradicionais rivais. Seria um abalo forte não só para os torcedores, mas em caráter especial para o relacionamento entre dirigentes se tivéssemos que suportar o Atletiba fora de Curitiba. Em decisão oportuna gerada pela humildade das partes, Paraná e Atlético definiram que o clássico será na Vila Olímpica.

Até a dívida que machucou as relações entre os dois clubes foi superada com o devido pagamento feito pelo Rubro-Negro ao Tricolor, con­se­­­­qu­­­ê­n­­­cia da locação da Vila Capanema para jogo realizado no ano passado pela Série B do Brasileiro. Assunto que os leitores conhecem bem, agora resolvido em diálogo temperado pela humildade.

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Recomendo aos que honram com sua atenção esta coluna a leitura do artigo escrito pelo jurista René Ariel Dotti sob a título "A virtude da humildade" publicado na última edição do boletim trimestral do escritório do privilegiado mestre do Direito.

Pinço do artigo a seguinte frase: "A humildade é a característica da personalidade mais sensível e eficiente para se obter bons resultados nas relações humanas".

A citação parte de um intelectual da ciência jurídica com acervo invejável de obras publicadas e larga experiência no relacionamento humano. Lembrar as palavras do professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná é o que basta para elogiar o que foi construído pelo diálogo entre paranistas e atleticanos. Ganham o relacionamento humano e o futebol do estado.

Revisão

Em meados do mês de maio, o Paraná deve colocar na Bolsa de Valores de São Paulo ações da empresa Atletas Brasileiros S/A. A diretoria do clube, de forma obstinada, está procurando caminhos para acertar a vida financeira da instituição. A iniciativa é oportuna porque a União Europeia de Futebol já está exercendo legítima pressão sobre a Fifa para que as transações entre clubes filiados sejam concretizadas pela aquisição de ações e não através da aquisição dos direitos econômicos de jogadores. A corretora que vai conduzir a venda de ações do Paraná na Bovespa pertence ao Grupo Bradesco, empresa acima de qualquer suspeita. Mudam os ares no Paraná, com renovada oxigenação e métodos modernos de administração.

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