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Operário Ferroviário e Coritiba contam uma história de rivalidade no curso de cem anos de existência. O Alviverde é o grande colecionador de títulos estaduais. O Operário venceu a disputa paranaense contra o Coritiba em 1961 em decisão conflituosa. O objeto do conflito foi a utilização irregular do paraguaio Agapito pelos coritibanos.

O jogo poderia ter sido muito melhor. Apesar de dois golaços, de Baiano, de bicicleta e de Éverton Ribeiro em finalização longa e certeira, os dois ataques falharam. O Coritiba mostrou Anderson Aquino em tarde infeliz com oportunidades desperdiçadas. Foi uma partida digna de dois clubes que construíram limpamente histórias vitoriosas. O trabalho de Marcelo Oliveira foi atrapalhado pelas lesões e Gil e Jackson, forçando substituições. O Coritiba só acertou o time quando o técnico escalou Éverton Ribeiro. Além do golaço, deu maior movimentação ao Alviverde. Líder, o Coritiba espera o Atletiba para definir o segundo turno. O Operário é uma esperança de fortalecimento do futebol de Ponta Grossa.

Governo preocupado

Não foi uma semana de tranquilidade para o governador e o prefeito de Curitiba. Como demonstrei com a mais absoluta isenção na coluna da última quinta-feira, a engenharia financeira da Arena da Baixada é motivo de preocupações. O espantoso e gratificante volume de manifestações que recebi de leitores desta Gazeta do Povo é indicador do pensamento dos paranaenses. Não faltaram críticas e apoio incondicional ao colunista, sempre contrário à realização da Copa do Mundo no Brasil e o emprego de dinheiro público em obra particular, o que é ilegal, temerário e perigoso para a vida pública do governador e do prefeito.

Por coincidência, na mesma quinta-feira, em memorável voto do conselheiro Heinz Herwig, acompanhado pelo plenário do Tribunal de Contas do Paraná, a corte decidiu suspender os repasses financeiros do governo estadual ao poder municipal para aplicação em obras da Baixada. Falta de transparência, ausência de cronograma financeiro e técnico e desapropriações de imóveis particulares para anexação ao terreno das obras foram alguns motivos para a correta decisão do tribunal presidido por Fernando Guimarães.

O TC saiu do anonimato e agiu com soberania. Advertência aos apressadinhos que pensam que dinheiro público brota do capim das ruas. É muito arriscado mexer com a razão popular.

Post Scriptum

O jornalista Deonilson Roldo, chefe de gabinete do governador Beto Richa, o presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa, o diretor de Mercado da mesma entidade, Alexandre Teixeira e Mario Celso Cunha, secretário para Assuntos da Copa, conversaram com este colunista para explicar detalhes da delicada operação financeira envolvendo o poder público e a obra da Baixada. Tranquilo, atendi a todos com fidalguia e certo de que cumpri a missão de jornalista independente. Continuo com a mesma opinião. Agradeço a consideração.

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