O noticiário gerado pelo Paraná outra vez coloca em destaque o jovem jogador Kelvin. Depois de muita polêmica e desencontros entre o projeto de astro e o Tricolor, a Justiça do Trabalho reconheceu que Kelvin estará livre depois de pagar a multa rescisória pelos empresários, ou, pelo próprio jogador.
Decisão já esperada, independentemente da vontade do clube. Jonas saiu do Grêmio sem negociar nada. Fez o que rezava o contrato e se mandou para ganhar muito dinheiro no Valencia, da Espanha. O jogador não errou e o clube gaúcho não reclamou. O combinado não custa caro. Kelvin já poderia estar em outras paragens. O poder judiciário clareou a situação para melhor entendimento dos dirigentes paranistas.
A notícia de ontem é uma novidade na conturbada relação do jogador com o clube. Depois de tanta controvérsia e generosos espaços na mídia, Kelvin pode jogar o Campeonato Paranaense pelo time da Vila Capanema. Parece ter faltado diálogo entre o jogador e o clube empregador. Não há outra razão para tamanha surpresa.
Para o Tricolor é um bom reforço. E o jogador melhora sua forma física e técnica para o próximo desafio, provavelmente a partir do segundo semestre. Se as partes interessadas tivessem um mínimo de discernimento nada disso teria acontecido. É possível resolver tudo com uma conversa franca e transparente.
Outro "K" na vida do Paraná é Kerlon. Fez malabarismo com a bola no Cruzeiro e foi parar na Europa. Não joga há mais de seis meses e contabiliza em seu histórico médico cinco operações, todas com gravidade. Difícil de apostar em um jogador com tantos problemas.
Com esperança o Paraná faz a roleta girar e espera acertar no número premiado. Os insondáveis caminhos da sorte podem ajudar. O contrário também é possível.
O futuro do Coritiba
Por alguns minutos conversei ontem com Fernando Ghignone, um dos membros do grupo administrativo do Coritiba. Foi na cerimônia de posse de Luiz Malucelli em cargo do governo estadual. Ghignone disse com ênfase que a luta do Coritiba neste ano deverá ser maior e mais árdua do que a que se passou no ano passado. Lembrou os encargos financeiros, a qualidade superior dos times da Primeira Divisão e a necessidade de reforçar a equipe.
Uma análise realista. Elogiou o trabalho de Vilson Ribeiro de Andrade e acredita que o Campeonato Paranaense será do Coritiba. Só tem uma dúvida em sua cabeça: como presidir a Sanepar e trabalhar pelo Coritiba tendo que fazer tantas viagens e servir água de qualidade aos paranaenses.
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