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O Campeonato Para­­naense começou com uma grande e desconfortável surpresa. O Atlético foi derrotado pelo Arapongas, que há duas décadas não sentia o sabor de disputar a Primeira Divisão.

O Coritiba estreou com uma vitória apertada, mas justa em Ponta Grossa contra o Operário. Não foi um jogo de qualidade técnica e, fisicamente, o Coritiba ficou devendo. O Operário iniciou me­­lhor, exercendo domínio amplo no meio de campo.

Pecou pela falta de finalização. Seu ataque muito fraco não exigiu grandes preocupações da defesa coritibana.

A festa operariana acabou no oitavo minuto de jogo. Bola que saiu de Edson Bastos na cabeça de Leonardo que enfiou no comando onde estava bem colocado Marcos Aurélio. O artilheiro deu um toque na bola com o pé direito e finalizou de primeira com a perna esquerda. Foi um golaço. Valeu a vitória que dá início à campanha em busca do bicampeonato estadual. Não gostei do estreante Jonas. Apoiou muito pouco e ainda no primeiro tempo deixou de aproveitar uma oportunidade especial para marcar mais um gol.

Os outros que estrearam: Émer­­son e Eltinho. O zagueiro de área não comprometeu. El­­tinho teve muito mais que se preocupar com os constantes avanços de Lisa e menos, muito menos, com deslocamentos constantes ao ataque. O árbitro deixou de marcar dois pênaltis, um para cada equipe. Uma boa estreia de Marcelo Oliveira.

Na Arena da Baixada a grande decepção. Antes do jogo o Rubro-Negro foi considerado favoritíssimo. Quem jogou mais foi o Arapongas que chegou a abrir vantagem de dois gols. O Atlético reforçou o time e poderia brindar sua torcida com uma exibição que não fosse sofrível.

O último time do Arapongas que tinha bom futebol desapareceu faz vinte anos. Lembro de dois jogadores, Brando (lateral) e Gijo (ponta esquerda) ambos contratados pelo extinto Fer­­roviário.

E o Paraná ?

Outra vez começa um estadual com derrota. E a de ontem foi vexatória, diante do Corinthians Para­­naense. A atual geração de dirigentes do Tricolor não aprende que futebol precisa de planejamento sério, financeiro, político, administrativo e técnico.

Não dá para montar um time de futebol em cima do joelho. Não adianta reclamar das críticas dos analistas, todas são bem fundamentadas e irrespondíveis. O Paraná continua desconectado da realidade. Ontem mostrou um time fraco, cheio de falhas e sem inspiração. Ou os responsáveis pelo clube enxergam e alteram a realidade ou a sucumbência será certa.

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