Perdi o sentimento da solidão. Há meses venho criticando a realização da Copa do Mundo no Brasil. Nada a ver com a magnitude do evento e a repercussão internacional. Em Curitiba muitos atleticanos confundiram minha opinião com paixão. Remeteram à minha caixa de mensagens textos próprios de gente sem educação adequada para expor suas posições e estabelecer o contraditório civilizado, sem ofensas, em alto nível.
Nos últimos dias várias manifestações coincidentes com o meu pensamento. A Copa do Mundo aqui não tem apoio de uma substancial parte da população.
Inicio pela pesquisa que este jornal mandou realizar para ouvir o sentimento popular. Nosso povo mudou de opinião neste ano. Os favoráveis diminuíram e os contrários cresceram substancialmente. E a maioria dos consultados é contrária a aplicação de dinheiro público na Baixada.
Minhas colunas e meus comentários em rádio não foram em vão. Os argumentos usados modéstia à parte são endossados pela população. Não estou só, já consegui milhares de seguidores. Minhas ideias foram assimiladas pela maioria. Estou feliz, afinal, sempre usei argumentos lógicos, independentes e sem interesse de qualquer natureza econômica.
Sempre coloquei minhas opiniões para encontrar o caminho seguro para o país, combatendo a corrupção, a vaidade e os objetivos subalternos dos comerciantes do futebol, tanto na vida pública quanto na vida privada. O desamor pelo Brasil é um componente ainda não observado por muitos, iludidos por sonhos que se transformam em pesadelo. Não me surpreendo com tamanha desfaçatez. Em seis meses de governo a presidente Dilma já demitiu dois ministros por graves imoralidades, as mãos grandes avançando nos bolsos da gente trabalhadora.
Opiniões
"Em 5 de fevereiro de 2009, a Gazeta do Povo anunciou que o prefeito de Curitiba tinha plena certeza de que o metrô ficaria pronto até o Mundial. Em 19 de dezembro de 2009 o prefeito declarou que o metrô não seria concluído antes do evento, mas a terceira pista do aeroporto Afonso Pena, sim, estaria pronta. Em 15 de abril deste ano a Gazeta publicou que a pista ficará pronta, mas somente para a Copa de 2018, na Rússia." (Francisco Zardo, advogado, especialista em direito administrativo e mestrando em direito do Estado pela UFPR).
"Antes das copas consultores associados às redes mafiosas produzem radiosas profecias sobre os efeitos econômicos do evento. Depois, quando emergem os resultados efetivos, eles já estão entregues à fabricação de ilusões em outro porto." (Demétrio Magnoli e Adriano Lucchesi, Sociólogo e doutor em Geografia Humana e Administrador de Empresas e mestre em turismo sustentável, respectivamente, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo).
"Que a CBF e a Fifa tivessem razões políticas para desqualificar o estádio do São Paulo, por divergências entre dirigentes, poderia ser um problema antieconômico e antiético, desde que não envolvesse dinheiro público."(Jornalista Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Estado de S. Paulo)
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