Analisada globalmente a campanh a dos clubes do estado nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro só se salva o Coritiba. Consequência de um trabalho feito com muita seriedade e planejamento de profundidade. Foi inteligente ao dispensar jogadores inservíveis e contratar profissionais que qualificaram o elenco, ao contrário do Atlético, que contratou em penca, inchou o grupo e novamente vive as dificuldades que se repetem faz tempo. A zona do rebaixamento é a companheira impiedosa do Rubro-Negro.

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E o Paraná Clube, para não perder o jeitão canhestro de administrar o seu futebol, pulou de líder no início do certame, mais precisamente antes da Copa do Mundo, para o portal do inferno.

No Coritiba, só há méritos. A diretoria reformulada traz benefícios constantes ao clube. As dificuldades já vencidas são dignas de um grupo vitorioso. Anos à frente do rival Atlético e do Pa­­raná. O que teria acontecido com rubro-negros e tricolores em situação semelhante à do Coritiba? A resposta é previsível, mas, sujeita a rumos de percurso diferenciado, dada a imprevisibilidade do futebol.

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O Atlético tem dinheiro, um expressivo quadro social, o melhor patrimônio físico do futebol paranaense e não fabrica uma Ferrari, se contenta com um fusquinha 1953, aqueles besouros que desembarcavam aqui vindos da Alemanha. O Paraná tem patrimônio invejável, nasceu grande, tornou-se anão e a cada ano que passa perde o brilho estelar que tinha quando surgiu e foi surpreendente.

Outra vez o Tricolor está às voltas com o risco do rebaixamento para a Série C. Tem sido esnobado por jogadores de qualidade duvidosa, uma ofensa às glórias conquistadas no início de uma vida profícua. Se no Coritiba os louros das vitórias são capturados por diretores competentes, no Atlético a responsabilidade direta é da má gestão do departamento de futebol e dos maus técnicos contratados, principalmente na era Petraglia.

No Paraná, tudo começa errado pelo escalão superior da administração e da condução política do clube. O time está aclimatado na Série B, beliscando o vexame de cair para a Série C. Nunca vi tantas deformações somadas como as que ocorrem no Tricolor. La­­mentável. Formou-se um grupo de diretores que fazem um revezamento constante e que cada vez mais vêm afundando o clube. Pessoas, várias delas, fracassadas e que continuam em cargos importantes. O colunista fica com a impressão clara de que foi firmado um pacto com o diabo, o céu está longe e o purgatório parece ser o estágio melhor adequado para tantas agruras.

Post Scriptum

Mais 30 dias e o Coritiba volta a jogar em casa rumo à Primeira Divisão.

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