Kelvin não se reapresenta ao Paraná. Manoel prefere ficar em Bacabal e esquece o Atlético. E assim caminha o relacionamento de vários jogadores com os seus clubes. É a senha para cair fora e admitir que propostas financeiras melhores podem mudar o rumo da vida profissional que abraçaram. Os jogadores têm o direito legítimo de trocar de clube por interesse financeiro. Ao contrário do que muitos pensam não se trata de ser mercenário. Simplesmente cada um procura o melhor destino profissional. Este é um ponto da relação profissional.
O que entendo que não está certo é descumprir o contrato vigente e deixar o clube sem explicações, desobedecendo ordens e ignorando que a cada direito corresponde uma obrigação. Que motivo leva um jogador de futebol a fugir do clube como fazem os procurados pela polícia pela prática de crimes punidos legalmente? As obrigações contratuais só se extinguem por razões que causem a ruptura do contrato de forma amigável ou conflituosa, sempre em obediência às leis em vigor.
O comportamento de Kelvin e Manoel é irresponsável. Não são obrigados a ficar no Paraná e no Atlético. Civilizadamente podem procurar outra estrada e dar continuidade ao trabalho profissional. Não é necessário perder a compostura. E não se queira justificar tais atitudes pela juventude. Se esta razão for verdadeira o ideal é encaminhar a garotada para uma escola correcional. Aos jovens é bom aconselhar: ao romper uma relação trabalhista seja inteligente e não feche a porta pela qual entrou. Saia com lisura e limpo para voltar quando precisar. Não é penoso ser correto e ético. As voltas da vida são imprevisíveis.
Alexandre Zraik
Ao findar de 2010 a família do jornalista Alexandre Zraik reuniu amigos e companheiros para lançar o livro em homenagem à vida de felizes e vitoriosas realizações do profissional que eu considero a grande revelação dos últimos dez anos da profissão que abraçamos. O Alexandre morreu muito cedo por uma causa de acordo com o seu temperamento instigante, apressado, dinâmico, bom amigo, companheiro leal e exemplo para todos. O Alexandre Zraik recebe minha homenagem todos os dias em que a saudade me remete ao seu talento. Meus cumprimentos à família do amigo fraterno. À sua irmã, Almali, parabéns pelo trabalho de saber retratar a vida profissional do irmão querido com tanta justiça e ternura angelical. Honroso para este colunista ser convidado pela família Zraik para falar do amigo e companheiro no livro Não estou jornalista. Sou jornalista. E que jornalista querido, amigo consagrado pela eternidade.
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