O Atlético ganhou três pontos; o Paraná, um ponto; e o Coritiba não ganhou nada. É o retrospecto da participação do futebol paranaense nas duas séries do Campeonato Brasileiro.
Nunca alimentei esperança de grandes resultados dos três clubes. Sempre ficou marcada na cabeça dos torcedores uma interrogação preocupante sobre o desempenho do trio curitibano.
O Coritiba sofreu forte enfraquecimento técnico ao não manter no elenco jogadores que brilharam no ano passado. Não perdeu Rafinha, mas não conta com o futebol bonito que o jogador já apresentou para o deleite da torcida. O Coritiba é o último colocado da classificação. Ou acerta o ataque e se recupera ou fica semeando desconfiança na torcida.
O Atlético perde muito pelos erros e desconforto que a diretoria é pródiga em produzir. A promessa formal dos ganhadores da última eleição não foi concretizada. Os rubro-negros já perderam o Campeonato Estadual e foram eliminados da Copa do Brasil.
Vários jogadores estão encostados, recebendo salários altos e sem aproveitamento. E o time forte prometido continua sendo simples plataforma eleitoral. Mesmo assim é o menos ruim dos paranaenses.
O Paraná assumiu o compromisso de trabalhar para recuperar o espaço perdido. Fez do retorno à Primeira Divisão do Campeonato Estadual sua prioridade, por questão de honra diante da vergonha que passou ao ser rebaixado. Ganhou o primeiro turno e vai se empenhar para vencer o returno e não enfrentar os dissabores de uma disputa extra para retomar o lugar que perdeu.
O Atlético, além de precisar melhorar a equipe, não tem um estádio para jogar as partidas em que é mandante. Não fica bem implorar a misericórdia alheia. Está pagando caro pela gestão incompetente para a execução do projeto de abrigar a Copa para satisfazer a vaidade de alguns.
Menos mal que está ganhando muito dinheiro do governo do estado e da prefeitura da cidade, sem assumir o compromisso de pagar o empréstimo do BNDES, decisão temerária assumida pelo governador do estado. A prefeitura também se colocou a serviço da esperteza do presidente atleticano, que tudo quer e pouco oferece. O centro de treinamento como garantia é muito pouco para o tamanho da dívida contraída pelo poder público. Fazer negócio assim é zombar dos inocentes cidadãos que vão pagar uma dívida para servir individualidades.
Ao menos o clube da Baixada poderia resolver o seu problema prioritário, indicar um estádio viável para realizar os jogos em que é detentor do direito de jogar em casa. Mesmo que em casa alheia, pagando aluguel porque colocou abaixo, de forma precipitada a outrora temida Arena.