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Resta apenas uma esperança para mudar o panorama deste campeonato estadual. Antes do clássico de ontem ainda havia quem imaginasse uma surpresa do Paraná, inclusive o colunista. Mas prevaleceu a ló­­gica da estatística. O Atlético, merecidamente, tem o melhor ataque e a melhor defesa. Ganhou o jogo pela escassa, mas justa margem de um gol, e continua perseguindo o Coritiba com tenacidade, um pontinho atrás.

Como o Tricolor não ofereceu motivos para pensar em título, o quadro atual é normalíssimo. Nos próximos dias, o panorama só muda pela incidência de uma forte surpresa, até chegarmos ao Atletiba que vai, é quase certo, decidir a competição.

Não foi um clássico especial. Faltou emoção no campo, logo, as arquibancadas também não tiveram grande vibração. A exceção foi o gol solitário do Atlético. Tive a impressão de que a bola desviou seu caminho ao raspar na cabeça de Luiz Henrique. Corretamente o juiz do jogo creditou o gol para o argentino Pepe Toledo. O gringo bem posicionado foi o primeiro a tocar na bola depois do escanteio batido por Paulo Baier. Para a análise do jogo quem fez o gol é irrelevante. O Rubro-Negro ganhou e pronto.

O Paraná poderia ter marcado, mas, Marcelo Toscano jogou fora duas grandes oportunidades ainda no primeiro tempo. Crueldade com o treinador Marcelo Oliveira. O ataque titular é limitado e o banco de reservas inutilizável, por ineficiência. O técnico do Atlético, jovem e estudioso, mostrou personalidade e comando ao escalar e logo depois tirar de campo o colombiano Serna. Uma atitude que não foi contestada, porque adequada à realidade. E assim corre o Atlético para levantar a taça. Claro, precisa superar a vantagem de um ponto que o Coritiba sustenta. Será uma luta de espartanos, espera-se.

Ariel, o melhor da semana

Não tenho o direito de poupar jogador que não atua bem. O argentino Ariel tem sido inconstante. Marcou gols decisivos e perdeu outros tantos, que também poderiam definir jogos. Pois contra o Paranavaí o gringo dos coritibanos foi brilhante. Marcou três gols, fez o passe para mais um e esteve perto de marcar em quatro lances desperdiçados. Grande atuação de Ariel. Fez gol de cabeça, na cara do goleiro, e, o mais bonito de todos, aquele que exigiu do argentino talento individual, "matando" com um drible o adversário e finalizando de perna esquerda para dar alívio ao Coritiba. O Ariel jogou no lugar certo, enfiado na área. Ali ele é bom e eficiente. Um artilheiro vocacionado. Basta não inventar modismos. Foi o melhor da Semana Santa.

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