
Rio Branco e Coritiba jogam hoje em Paranaguá, para um duelo de mais de 200 anos de história. E aí não se trata de força de expressão. Mas, sim, a soma simples da idade de dois clubes vovôs, verdadeiros anciãos, velhacos, vetustos, ou apelando para o politicamente correto, "experientes" do futebol paranaense. Com todo o respeito, é claro.
Momento oportuno para lembrar outro confronto recheado de tradição. Também pelo Estadual, os dois se encontraram no dia 26 de fevereiro de 1997, há quase 16 anos ou seja, o piazão que hoje decide os rumos do país era ainda apenas o lindo fruto de uma noite mágica de amor.
Quarta-feira à noite em Curitiba, todos os caminhos levavam ao Couto Pereira. O Coxa era comandado por Dirceu Krüger, o apelidado Flecha Loira, e empreendia campanha irresistível. Após um 2 a 2 no clássico com o Atlético na estreia, enfileirou seis triunfos seguidos alguns pelo chamado "placar elástico".
A esquadra alviverde contava com vários hits de sucesso. A começar por Anselmo, o goleiro obeso. Ainda na defensiva, Zambiasi e Claudiomiro, dois zagueiros que não tivessem seguido a carreira futebolística certamente teriam obtido êxito nas artes marciais. Passando para a meia-cancha, o menino Alex, hoje de volta ao lar, ainda menino apesar dos 35 anos, desfilava com o número 10 no costado. E, por fim, um duo de ataque trepidante: Basílio e Brandão.
No Leão da Estradinha, por sua vez, Erminho estava lá. Aliás, quando que ele faltou? Como todo mundo que acompanha o Alvirrubro sabe, sempre haverá Erminho.
Bola pererecando no Alto de Tantas Glórias e a dupla "BB" encarregou-se de garantir outros três pontos para os donos da casa e a liderança isolada. Aos 30 minutos da etapa inicial, Alex cobrou escanteio adquirido por Basílio e Brandão testou para o fundo das redes: 1 a 0. Cinco minutos depois, a artilharia aérea funcionou novamente. Novo tiro esquinado batido por Alex e Zambiasi aumentou: 2 a 0. Para compensar, entretanto, o zagueirão falhou em seguida e Laurinho descontou.
Já no segundo tempo, foi a vez de Basílio ser calçado na área: pênalti (penaltê, no curitibanês castiço). Brandão bateu com perfeição e deu folga no placar. Faltava o gol do lépido carequinha coxa-branca, e ele veio já nos estertores, aos 40 minutos, com um petardo da entrada da área. Comemoração de Basílio, 4 a 1, fim de conversa.
O que acontecia na época
Em 1997 a internet (foto) já começava a se popularizar no Brasil, com o barateamento dos modems. Mas ainda poderia ser considerada como uma "rede mundial de computadores", um sistema um tanto complexo, que pais, avôs e avós não se arriscavam com receio de apertar um botão capaz de detonar uma bomba nuclear. Não existiam as incensadas "redes sociais" e as pessoas tinham o estranho costume de conversar pessoalmente, enquanto os celulares eram apenas aparelhos de telefone móveis. Se era melhor ou pior? Não sei.
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