Atlético e Internacional jogam hoje, às 19h30, naquele horário em que a segunda-feira vai se anunciando e a deprê bate forte. Bons tempos em que por aí começava Os Trapalhões, o fim de semana parecia mais longo. Quem sabe se Dedé, Didi, Mussum e Zacarias ainda estivessem na ativa a CBF não marcaria jogo para o turno. Um absurdo.
E aí eu pergunto: quem ainda aguenta ver rubro-negros e colorados se enfrentando? Em menos de três meses, esta é a quarta vez, a segunda pelo Brasileiro depois dos dois confrontos pela Copa do Brasil.
Os curitibanos já entenderam que é preciso vigiar DAlessandro de perto e que Leandro Damião, aparentemente, micou de vez. Bem como os porto-alegrenses conhecem bem a imortalidade de Paulo Baier se é que o bom velhinho, que não é aquele, mas poderia ser, joga hoje.
Aliás, não é de agora que a turma do Beira-Rio manja do que o veterano é capaz. Há três anos Baier já pensava em encerrar a carreira e anotava gols decisivos.
Corria 2010 e Atlético e Internacional tinham compromisso marcado para a noite de 22 de setembro, na Baixada. O Furacão dispunha de Neto no gol e um escrete completamente diferente do atual, exceto pela presença de Manoel e, claro, Baier.
O Colorado era o então campeão da Libertadores da América e, além de DAle, contava também com Damião e o lateral-esquerdo Kléber. E, na meta, estava Pato Abbondanzieri, aquele arqueiro que defendendo o Boca parecia intransponível, mas em terras canarinhas revelou-se um insaciável engolidor de "pollos".
Jogo pegado, peleado, truncado, um clássico sulista com tudo de bom e de ruim que isso representa. Diante desse cenário, só mesmo um fato extraordinário modificaria o placar.
Quarenta e três minutos do primeiro tempo. Falta cavadinha na entrada da área. Baier havia saído de casa naquela quarta-feira só para executar essa cobrança. O camisa 10 ajeitou e com um leve tapa encobriu a barragem: 1 a 0 e foi só (o que não é pouco).
Seria só mais uma passagem de alta categoria não fosse por um detalhe. Enquanto a esfera cumpria o arco fatal, o volante Tinga fez que foi, não foi e acabou "fondo" na missão de proteger o ângulo direito da, como se fala lá no Rio Grande, goleira. Há quem diga que até hoje o volante rasta está indeciso.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano